Foto: Ricardo Wolffenbutte/Governo de SC

O boletim mais recente da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que abrange o período entre os dias 15 e 21 de maio, revela que 48% dos registros de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) são decorrentes da Covid-19. No informe anterior, o índice era de 41,8%. 

O levantamento feito diariamente pelo consórcio de veículos de imprensa revela que, nesta segunda-feira (30) o Brasil registrou 72 mortes e 24.496 casos confirmados de Covid. Esses números mostram um aumento da média móvel de +31%, no comparativo com os últimos sete dias.

Com a média móvel de infecção acima da marca de 24 mil pela primeira vez desde 1 de abril, surgem algumas questões: estamos em uma nova onda? O uso da máscara deve ser retomado?

Em entrevista à Fórum, o médico infectologista Marcos Caseiro afirma que há neste momento “um aumento de casos bastante expressivo” e que as pessoas internadas com Covid grave são aquelas que não estão vacinadas ou com o esquema vacinal incompleto.

“O que a gente está observando é, claramente, muitas pessoas assintomáticas, com menos gravidade, mas dessa vez estamos vendo pessoas internando, principalmente aquelas pessoas que não foram vacinadas ou que estão com a vacina incompleta”, explica Caseiro.

Máscaras: usar ou não usar?

Desde meados de março que tanto o governo federal quanto os governos estaduais liberaram o uso de máscara. O uso obrigatório se dá apenas dentro dos transportes coletivos. Para Caseiro, a liberação do uso de máscaras foi precipitada.

“No que se refere ao uso das máscaras, eu sempre defendi que as pessoas, em ambiente fechado, não deveriam tirar e que não é o momento. Eu enfatizo isso desde o decreto do governador (João Doria, que renunciou em abril). Em ambientes abertos as pessoas podem ficar sem máscara, mas em ambiente fechado elas têm que continuar utilizando máscara, essa tem que ser a orientação”, afirma Caseiro. 

Por fim, o infectologista enfatiza a importância das pessoas se vacinarem ou completarem o seu esquema vacinal. “Estamos tendo novos casos, o número de pessoas infectadas é importante. Porém, as pessoas vacinadas não ficam em estado grave e as pessoas que estão internando ou estão com a vacinação incompleta ou não foram vacinadas. Enfatizamos a importância de completar a vacinação e a utilização de máscaras em ambientes fechados”, finaliza.

Jornalista (USJ), mestre em Comunicação e Semiótica (PUC-SP) e doutor em Ciências Socais (PUC-SP). Professor convidado do Cogeae/PUC e pesquisador do Núcleo Inanna de Pesquisas sobre Sexualidades, Feminismos, Gêneros e Diferenças (NIP-PUC-SP). É autor do livro “A construção da heternormatividade em personagens gays na televenovela” (Novas Edições Acadêmicas) e um dos autores de “O rosa, o azul e as mil cores do arco-íris: Gêneros, corpos e sexualidades na formação docente” (AnnaBlume).