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Maior banco de leite do Estado, no Hospital Maternidade Leonor Mendes de Barros, está trabalhando apenas com 10% do ideal; leite materno é essencial para prematuros internados

Por conta da pandemia do novo coronavírus, as doações caíram cerca de 60% dos Bancos de Leite Humano (BLHs) do Estado de São Paulo. Por isso, a Secretaria de Estado da Saúde faz um apelo às que mulheres que estiverem amamentando e puderem contribuir, em atenção ao “Dia Nacional da Doação de Leite Materno”, comemorado nesta terça-feira (19).

O BLH do Hospital Maternidade Leonor Mendes de Barros, Centro de Referência de Banco de Leite Humano da Grande São Paulo, é o maior do estado, mas está trabalhando com apenas 10% da quantidade ideal. Atualmente, opera com 10 litros de leite por mês, embora o ideal seja de 50 a 100 litros. A quantidade disponível atende a unidade Neonatal da unidade por apenas 3 dias. Por isso, convida as mães com leite excedente para doarem.
Toda lactante saudável pode ser doadora e qualquer volume doado é importante. Prematuros começam a nutrição com apenas 1ml de leite, portanto não é preciso ter uma enorme produção de leite para ser doadora.

“Se uma mulher conseguir retirar e guardar 10 ml por dia, no final de 10 dias encaminhará ao Banco de Leite 100 ml, que serão fundamentais para a evolução de muitos bebês”, informa a coordenadora do BLH do Leonor, Andrea Fernandes.

Além de auxiliar no atendimento de recém-nascidos, principalmente para os internados em UTIs (Unidades de Terapia Intensiva) Neonatais, a doação também pode ser vantajosa para as mães, uma vez que evita o acúmulo de leite nas mamas e possíveis complicações.

A Rede de Bancos de Leite Humano de SP é a maior do país. Integra 56 BLHs, com vínculos estaduais, municipais, filantrópicos e privados. Em 2019, foram coletados 55.313,3 litros de leite humano de 42.858 doadoras, distribuídos para 43.023 bebês.

Medidas preventivas
A doação de leite humano é segura e o processo de pasteurização inativa o coronavírus. Os procedimentos e rotinas no Banco de Leite estão de acordo com as normas nacionais para prevenir a infecção e propagação da COVID-19.

“Precisamos frisar a importância da doação, principalmente em momentos como este. Independentemente da epidemia, os prematuros continuam nascendo e o leite humano proporciona vida a esse pequenos indivíduos”, complementa a coordenadora.
Para reduzir a circulação e aglomeração de de pessoas, conforme preconizam as orientações estaduais, os atendimentos são agendados. Há ainda a opção de coleta domiciliar, através da parceria do Hospital Maternidade Leonor Mendes com o SAMU para coleta nas residências.

Como doar
Tornar-se doadora é muito simples. Se a mulher é saudável, está amamentando seu bebê e sobra leite nas mamas, ao invés de desprezar o excedente, pode contribuir com as mães que não têm leite suficiente. Para doar, basta seguir as normas higiênico sanitárias para coleta de leite humano, coletar em recipiente de vidro esterilizado, armazenar em congelador por até 15 dias, ligar para o banco de leite humano mais próximo de sua residência.

A lista completa pode ser consultada no site http://www.redeblh.fiocruz.br.