Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

O Instituto Butantan, por meio de sua assessoria de imprensa, informou à Fórum que neste momento “já possui 8 milhões de doses estocadas” e que estas “passarão por estudos clínicos que provarão sua segurança e eficiência antes de ser aprovada para uso pela Anvisa”.

A expectativa do Instituto Butantan e do governo do estado de São Paulo é que até “outubro 40 milhões de doses da ButanVac já estejam prontas para uso”.

Em abril, o presidente do Instituto Butantan, Dimas Covas, durante coletiva e após novas exigências da Anvisa sobre a ButanVac, pediu ao órgão “menos burocracia e mais senso de urgência”.

Voluntários

Neste momento, o Instituo Butantan está recrutando voluntários para o estudo clínico. As pessoas devem ter idade acima de 18 anos.

De acordo com o Butantan, na fase 1 participarão 418 voluntários. Os ensaios clínicos da primeira fase serão feitos pelo Hospital das Clínicas, da Faculdade de Medicina da USP (Unidade São Paulo) de Ribeirão Preto.

As fases 2 e 3 devem contar com até 5 mil voluntários.

Estudo clínico da ButanVac

Inicialmente, o estudo clínico vai avaliar se a vacina é segura e a seleção de dose. Em um segundo momento, será estudada a imunogenicidade, ou seja, a resposta imunológica que os participantes do estudo desenvolverão. O estudo clínico da Butanvac será de comparação, ou seja, os resultados da pesquisa serão comparados aos das vacinas já descritas, permitindo inferir a eficiência da vacina.

Nos ensaios clínicos tradicionais, é feito um paralelo entre o grupo vacinado e um grupo controle. Mas como os marcadores imunológicos e parâmetros de segurança já foram estabelecidos pelas demais vacinas em uso, já se sabe o que esperar de uma vacina contra a Covid-19.

Marcelo Hailer
Jornalista (USJ), mestre em Comunicação e Semiótica (PUC-SP) e doutor em Ciências Socais (PUC-SP). Professor convidado do Cogeae/PUC e pesquisador do Núcleo Inanna de Pesquisas sobre Sexualidades, Feminismos, Gêneros e Diferenças (NIP-PUC-SP). É autor do livro “A construção da heternormatividade em personagens gays na televenovela” (Novas Edições Acadêmicas) e um dos autores de “O rosa, o azul e as mil cores do arco-íris: Gêneros, corpos e sexualidades na formação docente” (AnnaBlume).