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Os caminhoneiros da Baixada Santista realizam na manhã desta quinta-feira (27) uma carreata contra o Plano de Desenvolvimento e Zoneamento (PDZ) do Porto de Santos. De acordo com a categoria, o plano vai reduzir postos de trabalho dos caminhoneiros porque prevê uma maior utilização do sistema ferroviário no transporte de carga para o cais santista e alterações nos terminais.

Os trabalhadores cocentraram caminhões na avenida Augusto Barata, o Retão da Alemoa, se seguem pelo cais até a Ponta da Praia e, depois, retornou ao ponto de início. Cerca de 100 caminhoneiros participam do protestos e a categoria prometem que percurso não prejudicará o trânsito na cidade.

Segundo o presidente da Associação dos Caminhoneiros do Estado de São Paulo, Alexsandro Viviani, as atuais diretrizes do PDZ vai reduzir o transporte de contêineres, uma atividade que gera muitos empregos para a categoria.

“Quem vai transportar a celulose e os grãos não são caminhoneiros, pois chegam de bitrem. Já a movimentação de contêineres tem mais pessoas trabalhando porque o processo é maior. Mas, querem acabar com esse tipo de transporte”, disse o presidente. Viviani também destacou que o fechamento de uma operação da Libra já deixou sete mil desempregados e que mais duas grandes empresas da região podem ser fechadas.

O PDZ foi aprovado em 28 de julho pelo Ministério da Infraestrutura. O plano define diretrizes para a exploração das áreas do complexo marítimo santista. Segundo a Autoridade Portuária de Santos, a concretização das medidas vão elevar a capacidade do Porto em cerca de 50% até 2040, além de investimentos de R$ 9,65 bilhões e 21,6 mil empregos diretos, considerandos as obras de infraestrutura e os novos terminais.