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Em entrevista à rádio CBN neste sábado (16), o secretário estadual de Saúde de São Paulo, Jean Gorinchteyn, afirmou que, se a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovar o uso emergencial da Coronavac neste domingo (17), a vacinação no estado pode começar já na segunda-feira (17).

A Coronavac é a vacina contra a Covid-19 produzida pelo Instituto Butantan em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac. O uso emergencial do imunizante será votado neste domingo pela Diretoria Colegiada da Anvisa. Os diretores também decidirão se autorizam ou não o uso emergencial da vacina produzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) em parceria com a britânica AstraZeneca e Universidade de Oxford.

Segundo Gorinchteyn, o estado de São Paulo já tem a logística pronta para o início da imunização. A primeira etapa da campanha de vacinação será dirigida ao grupo prioritário, composto por profissionais de saúde, idosos, indígenas e quilombolas.

Governo federal quer as doses

O Instituto Butantan enviou, na noite de sexta-feira (14), uma nota em resposta ao pedido do Ministério da Saúde, comandado pelo general Eduardo Pazuello, afirmando que só enviará as doses contratadas pela pasta após a apresentação de um plano. A pasta enviou um ofício ao instituto pedindo “entrega imediata”.

“Para todas as vacinas destinadas pelo instituto ao Programa Nacional de Imunizações (PNI), é praxe que uma parte das doses permaneça em São Paulo, estado mais populoso do Brasil. Isso acontece, por exemplo, com a vacina contra o vírus influenza, causador da gripe. Portanto, o instituto aguarda manifestação do Ministério também em relação às doses da vacina contra o novo coronavírus”, disse o instituto em nota obtida pela CNN Brasil.

O Ministério da Saúde tem um contrato que prevê a chegada de 8,7 milhões de doses até 31 de janeiro, sendo 6 milhões importadas e 2,7 milhão produzido no instituto.

Logo após o governo fracassar na tentativa de importar  o lote de 2 milhões de doses da vacina AstraZeneca/Oxford compradas pela Fiocruz, foi enviada uma cobrança ao Butantan.

O ministério pediu “a entrega imediata das 6 milhões de doses importadas e que foram objeto do pedido de autorização de uso emergencial perante a Anvisa”.