Foto: Agência Brasil

A produção industrial brasileira registrou sua terceira queda mensal seguida no mês de agosto, com contração de 0,7%. Isso de acordo com a Pesquisa Industrial Mensal (PIM), divulgada nesta terça-feira (5) pelo IBGE.

Agora, o setor acumula perda de 2,3% e fica 2,9% abaixo do patamar de fevereiro do ano passado, no cenário pré-pandemia, e 19,1% abaixo do nível recorde, que foi registrado em 2011.

O recuo de 0,7% da atividade industrial, frente ao mês anterior, teve perfil disseminado de taxas negativas, alcançando três das quatro grandes categorias econômicas e 15 dos 26 ramos pesquisados.

Entre as atividades, as influências negativas mais importantes vieram de produtos químicos (-6,4%), intensificando os recuos de julho (-1,8%) e junho (-1,0%); coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-2,6%), interrompendo três meses de taxas positivas consecutivas, período em que acumulou alta de 9,8%; veículos automotores, reboques e carrocerias (-3,1%), marcando o quarto mês seguido de queda na produção e acumulando nesse período perda de 9,5%; e produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-9,3%), eliminando parte do avanço de 12,4% verificado no período maio-julho.

Outras contribuições negativas importantes vieram de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-4,2%), de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-2,0%), de produtos de borracha e de material plástico (-1,1%), de confecção de artigos do vestuário e acessórios (-1,6%) e de celulose, papel e produtos de papel (-0,8%).

Bens

Entre as grandes categorias econômicas, ainda em relação a julho, bens de consumo duráveis recuaram 3,4%, oitavo mês seguido de redução, acumulando queda de 25,5%. Os segmentos de bens de capital (-0,8%) e de bens intermediários (-0,6%) também recuaram, com o primeiro interrompendo quatro meses seguidos de resultados positivos, período em que acumulou alta de 6,2%; e o segundo com a quinta taxa negativa consecutiva e recuando 3,9% nesse período. Por outro lado, o setor de bens de consumo semi e não duráveis (0,7%) apontou a única taxa positiva, intensificando, assim, o avanço de 0,5% verificado em julho.

Entre as atividades, as principais influências negativas vieram de produtos alimentícios (-7,4%) e coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-5,2%). Outras contribuições negativas vieram de produtos de borracha e de material plástico (-6,6%), de bebidas (-6,4%), de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-10,1%), de outros produtos químicos (-3,4%), de indústrias extrativas (-1,6%), de produtos do fumo (-23,3%), de móveis (-12,9%) e de produtos de metal (-3,4%).

Jornalista (USJ), mestre em Comunicação e Semiótica (PUC-SP) e doutor em Ciências Socais (PUC-SP). Professor convidado do Cogeae/PUC e pesquisador do Núcleo Inanna de Pesquisas sobre Sexualidades, Feminismos, Gêneros e Diferenças (NIP-PUC-SP). É autor do livro “A construção da heternormatividade em personagens gays na televenovela” (Novas Edições Acadêmicas) e um dos autores de “O rosa, o azul e as mil cores do arco-íris: Gêneros, corpos e sexualidades na formação docente” (AnnaBlume).