Divulgação/Faep

O consumo de carne bovina entre os brasileiros caiu durante o governo do presidente Jair Bolsonaro (PL) e chegou a 26,5 quilos por habitante em 2021. É o menor volume em 25 anos. Em relação a 2006, durante o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, quando houve um pico de 42,8 quilos por habitante, o recuo é de quase 40%.

Os dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) foram usados como referência por pesquisadores do Centro de Inteligência da Carne Bovina (CiCarne), da Embrapa Gado de Corte.

Queda começa em 2020

A queda começou em 2020, quando o consumo médio da proteína foi de 29,3 quilos por habitante. O cenário resulta do encarecimento dos cortes e do menor poder de compra das pessoas, devido ao avanço da inflação e do desemprego.

Com o avanço da vacinação, é esperado o reaquecimento de economias globais. No Brasil, no entanto, a inflação e o desemprego devem continuar pressionando o consumo de carne bovina no país – e o mercado interno absorve 75% da produção.

Abates recuaram

Os abates recuaram 10,7% no terceiro trimestre deste ano, ante igual período de 2020, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No ano passado, houve queda em relação a 2019.

Nesse contexto, as margens dos frigoríficos devem continuar apertadas em 2022. Faltarão vacas para abate e o abastecimento do mercado interno e as indústrias buscarão bois, que estarão com a demanda aquecida no mercado externo – e com a arroba valorizada.

Com informações do Valor Econômico