Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O Ministério da Educação foi o que teve maior bloqueio no orçamento deste ano, de acordo com o Diário Oficial publicado nesta sexta-feira (23) pelo governo de Jair Bolsonaro. A pasta teve R$ 2,7 bilhões de verba bloqueada.

O contingenciamento foi realizado para poupar as emendas parlamentares. Além da educação, as pastas de Economia e Defesa também foram as mais afetadas: R$ 1,4 bilhão e R$ 1,36 bilhão respectivamente.

Esses bloqueios orçamentários podem ser revertidos parcial ou totalmente ao longo do ano caso as despesas fiquem abaixo do previsto.

Somando os cancelamentos e bloqueios, o orçamento 2021 perdeu R$ 29,1 bilhões em comparação com o projeto aprovado pelo Congresso em março.

Corte sistemático

Desde o início do governo Bolsonaro, a Educação é o setor que mais tem sofrido cortes orçamentários. Em 2019, o orçamento do ministério da Educação era de R$ 122,9 bilhões e, em 2020 o valor caiu para R$ 103,1 bilhão. Um corte de R$ 19,8 bilhões.

O corte na verba discricionária da educação afeta diretamente o ensino fundamental e médio no Brasil.

Com informações da CNN Brasil, Valor Econômico e Jornalistas Livres

Marcelo Hailer
Jornalista (USJ), mestre em Comunicação e Semiótica (PUC-SP) e doutor em Ciências Socais (PUC-SP). Professor convidado do Cogeae/PUC e pesquisador do Núcleo Inanna de Pesquisas sobre Sexualidades, Feminismos, Gêneros e Diferenças (NIP-PUC-SP). É autor do livro “A construção da heternormatividade em personagens gays na televenovela” (Novas Edições Acadêmicas) e um dos autores de “O rosa, o azul e as mil cores do arco-íris: Gêneros, corpos e sexualidades na formação docente” (AnnaBlume).