André Mendonça e Jair Bolsonaro - Foto: Agência Brasil

O presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido) anunciou, durante reunião ministerial realizada no Palácio da Alvorada, na manhã desta terça-feira (6) que vai mesmo indicar o santista André Mendonça, chefe da Advocacia-Geral da União (AGU), para a vaga de Marco Aurélio Mello, no Supremo Tribunal Federal (STF).

Marco Aurélio se aposenta na próxima segunda-feira (12) e o anúncio oficial deve acontecer na segunda quinzena de julho, de acordo com a coluna de Lauro Jardim, no Globo.

A nomeação de Mendonça para o STF é uma promessa que Bolsonaro fez à Bancada Evangélica e à primeira-dama, Michelle.

Mas, como o presidente tem ciência de que Mendonça pode ter dificuldades de ser aprovado pelo Senado, deixou Aras de sobreaviso, ou seja, o plano B do presidente para o STF.

Sentar na indicação

No entanto, tanto senadores de oposição quanto alguns próximos ao governo pretendem ignorar a indicação de Mendonça.

A estratégia, segundo a coluna de Mônica Bergamo, é simples: “sentar em cima” da escolha, sob o argumento de que o Senado tem outras prioridades para debater.

Com a atitude, os senadores não votam contra o indicado e, portanto, deixam de se indispor com parte do universo religioso, a quem Bolsonaro pretende atender escolhendo um nome “terrivelmente evangélico”, como Mendonça, para o cargo.

Mas barram, na prática, a indicação do presidente. A rejeição do nome também impede que Bolsonaro indique outro logo a seguir.

André Luiz de Almeida Mendonça tem 48 anos e nasceu em Santos. Além de advogado, é pastor presbiteriano. Foi, também, ministro da Justiça no governo Bolsonaro.