Créditos: Divulgação/Arte no Dique

**Por José Virgílio Leal de Figueiredo, presidente do Instituto Arte no Dique

Em meio aos desafios sociais e econômicos neste momento de reconstrução do Brasil, destaca-se o papel vital desempenhado pelas organizações sociais.

Tais instituições são ferramentas cruciais de desenvolvimento, educando, capacitando profissionalmente e gerando oportunidades em comunidades onde o Estado, por vezes, não consegue estar presente de maneira efetiva. Elas se tornam verdadeiros agentes de transformação. Contribuem para a construção de cidadãos conscientes e ativos em um contexto de desigualdades.

Ao atuarem enquanto catalisadores de mudanças positivas, as organizações sociais fortalecem a base para o desenvolvimento sustentável, capacitando indivíduos e comunidades a moldarem um futuro mais promissor.

No Instituto Arte no Dique procuramos ser parceiros do poder público neste sentido. São 22 anos de trabalho árduo. E recentemente tivemos um reconhecimento que mostra como a luta vale à pena.

Em dezembro, o instituto recebeu o Prêmio Periferia Viva, da Universidade de Brasília (UnB). Um prêmio que ilustra como as organizações sociais se tornam essenciais na formação cidadã e no desenvolvimento social. Foram mais de mil organizações sociais participantes, das quais, 53 premiadas. Orgulho para nossa região e para os moradores do Dique da Vila Gilda, sem os quais seria impossível desenvolvermos esse trabalho.

No Dique da Vila Gilda, em Santos, onde se encontra a maior favela sobre palafitas do Brasil, assumimos esse desafio de levantar pontes de educação, cidadania, arte, cultura e esporte. Um compromisso profundo com a transformação social e respaldado pelo poder público.

É um trabalho continuo. De formiguinha. E que precisa existir em todas as áreas em situação de vulnerabilidade social. Afinal, só teremos um país realmente desenvolvido quando as diferenças sociais diminuírem. E bastante.