Rogério Caboclo - Foto: Divulgação/CBF

O diretor de Governança e Conformidade da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), André Megale, escreveu um e-mail a Rogério Caboclo, presidente da organização, sugerindo que ele se licencie do cargo enquanto as investigações contra ele estiverem em curso. Caboclo foi acusado por uma funcionária de assédio sexual e moral.

No texto enviado a Caboclo neste sábado (5), Megale diz que a saída do cargo deve ocorrer por tempo determinado. “Venho, pelo presente, recomendar que V.Sa. se licencie do cargo de Presidente da CBF, por tempo determinado, de forma a melhor colaborar, nesse período, com a Comissão de Ética do Futebol Brasileiro para a apuração dos fatos narrados na referida denúncia e comprovar sua inocência”, diz o e-mail.

Conforme revelado pelo Globo Esporte, a funcionária alega que o presidente da CBF a humilhava em público e insultava. Em um dos casos, ela foi chamada de “cadelinha” por Caboclo, que ainda teria oferecido biscoitos de cachorro a ela e simulado latidos.

A situação ocorreu na casa do dirigente, em São Paulo. Um dia depois, a mulher confrontou Caboclo sobre os comentários, expondo a ele que se sentiu humilhada e ridicularizada. O presidente da CBF então disse que não se intrometeria mais na vida dela, mas exigiu que a funcionária rompesse com qualquer relação pessoal ou de amizade com pessoas da entidade.

Roupas

Naquele mesmo dia, Caboclo também teria tentando regular as roupas da funcionária, alegando que não eram compatíveis com a função que ela exerce na CBF. De acordo com a denúncia, o presidente da entidade teria exigido que ela mudasse a maneira de se vestir e chegou a oferecer dinheiro para que ela comprasse novas roupas.

A denúncia contra Caboclo foi protocolada na comissão de Ética da CBF e a Diretoria de Governança e Conformidade.