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A relação entre o Instituto Arte no Dique, ONG localizada no Dique da Vila Gilda, em Santos, onde está a maior favela sobre palafitas do Brasil, e o Carnaval sempre foi muito intensa. Isso se deve, principalmente, ao fato de o presidente do instituto, Virgílio Leal de Figueiredo, ser soteropolitano e ter sido produtor do Olodum.

Agora, durante a pandemia e distanciamento social, sem a realização do Carnaval, o Arte no Dique decidiu rememorar essa trajetória, ao lançar a série documental “Do Dique da Vila Gilda ao Pelô”.

Serão quatro episódios, de dez minutos de duração cada, que serão exibidos gratuitamente nas redes sociais do Arte no Dique, de 13 a 16 de fevereiro, sempre às 19 horas. As exibição são gratuitas, pelo www.youtube.com/artenodiquetv e www.facebook.com/artenodique.

A obra tem direção do próprio Virgílio e Felipe Seguro, a partir de roteiro de Felipe e Marcos Vinicius e produção de Felipe, Marcos e Nice Gonçalvez. Nela, surgem imagens das apresentações da Banda Querô, formada por ex-alunos das oficinas de percussão e música, no Carnaval de Salvador.

Também são entrevistados personagens importantes que marcam essa trajetória, como a cantora Joh Correia, os jovens Gabriel Prado e Jorge Henrique, que atualmente atuam como músicos profissionais, respectivamente, na Itália e na França, colaboradores e alunos do Arte no Dique e moradores do Dique da Vila Gilda na época das apresentações e artistas e produtores culturais baianos, além de Ubiratan (Bira Afrosamba), ex-músico do Olodum, primeiro cantor e compositor da Banda Querô e professor de percussão.

Intercâmbios

As apresentações musicais da Banda Querô no Carnaval de Salvador foram o início de vários intercâmbios culturais promovidos pelo Arte no Dique, que culminaram em viagens de alunos da instituição à Itália, nos últimos anos, onde puderam se apresentar e ter aulas do idioma e da cultura local.