UPA Quietude, na Praia Grande, no litoral de São Paulo (Reprodução)

Presos por tortura na madrugada deste domingo (7) após torturar um bebê de seis meses, a mãe da criança e o companheiro dela já haviam sido denunciados por um familiar em janeiro sobre maus tratos contra a criança. O caso aconteceu em Praia Grande, no litoral de São Paulo.

O casal foi preso em flagrante neste domingo após a mãe ter levado a criança em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) para tratamento de lesões que teriam sido provocadas, segundo ela, por suposta queda.

Acionado, o conselheiro tutelar foi informado pela médica que atendeu a criança que as lesões não poderiam ter sido causadas por queda, e que a família apresentava comportamento estranho.

Resultado de um laudo pericial feito pelo Instituto Médico Legal (IML) de Praia Grande mostrou que menina possuía seis fraturas na costela e uma na clavícula, causadas em diferentes momentos.

Segundo informações divulgadas pelo portal G1, em janeiro, a Polícia Civil diz que, em 6 de janeiro, uma familiar recebeu uma ligação da mãe da criança relatando que ela estava com diversas marcas no corpo, que estariam sendo causadas por uma reação alérgica a uma vacina.

Ela teria orientado a mãe a levar a uma UPA e, diante da recusa, ela mesmo teria levado o bebê. No atendimento, ela teria sido informada que as marcas não eram decorrentes de uma reação alérgica, mas que se tratavam de lesões.

Ela, então, foi até à Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) e denunciou o caso, afirmando que as marcas começaram a surgir na criança logo após a mãe iniciar um relacionamento com o atual companheiro. Diante dos fatos, os envolvidos foram chamados à delegacia, ouvidos e liberados.

Segundo a familiar, desde 19 de dezembro, a criança apresentava hematomas, mas a mãe sempre justificava, dizendo que eram provocadas por quedas e batidas acidentais.