A Polícia Militar prendeu neste domingo um falso médico conhecido como Dr. Henry que atuava na linha de frente no combate ao coronavírus na Praia Grande. Mas o acusado não trabalhou apenas em PG. Ele atuou também em Guarujá.
De acordo com a Secretaria de Saúde de Guarujá, Henry Cantor Bernal fez parte do quadro de funcionários da terceirizada responsável pela gestão da Unidade de Pronto Atendimento Dr. Matheus Santamaria, conhecido como PAM da Rodoviária, até o último dia 2 de fevereiro.
Informaram ainda que quando admitido, o mesmo apresentou todos os documentos exigidos de um profissional médico, inclusive seu registro no Conselho Regional de Medicina. “Cabe ressaltar que, dada sua data de desligamento, ele não realizou qualquer atendimento nos protocolos adotados pela Cidade no enfrentamento à pandemia do novo coronavírus”.
A Secretaria de Saúde afirmou que se coloca à disposição para contribuir com as investigações e dará apoio à Organização Social (O.S.) para lavratura de boletim de ocorrência na Delegacia Sede da Policia Civil.
Praia Grande
O acusado utilizava os documentos e o registro no Conselho Regional de Medicina de um outro profissional que mora na Colômbia. Ele atuava havia um ano no Hospital Irmã Dulce. A Cidade é a segunda na Baixada Santista em número de casos confirmados: 1.742, perdendo apenas para Santos. São 58 mortes e 505 suspeitos.
Existem relatos que o falso médico recentemente tratou um idoso internado com coronavírus no Irmã Dulce que veio a óbito. O acusado levantou suspeitas após ser denunciado por familiares de pacientes que passavam por atendimento por ele que ou faleciam ou pioravam dos sintomas da Covid-19.
Os policiais militares e agentes da Polícia Federal foram ao Hospital irmã Dulce constataram que o falso médico estava atendendo normalmente. Ele recebeu voz de prisão e foi encaminhado à Delegacia-sede de Praia Grande e autuado falsidade ideológica e exercício ilegal de profissão.
O verdadeiro dono dos documentos registrou ocorrência do desaparecimento de seus documentos.
A Prefeitura de Praia Grande informou, por meio da Secretaria de Saúde Pública, que segue à disposição da Polícia Civil e que acompanha e apura todo o processo junto à gestora do Hospital Irmã Dulce, a SPDM, que é a responsável pela direção da unidade e contratação dos profissionais que lá atuam.
A direção do Hospital Municipal Irmã Dulce disse que o homem em questão não era funcionário da unidade, mas de uma empresa médica que presta serviços ao hospital. Tal empresa já foi acionada pelo Irmã Dulce, de acordo com a assessoria, em busca de esclarecimentos para a tomada das devidas providências.