Foto: Divulgação

O dia 27 de abril ficou marcado de forma trágica em Cubatão. A atendente de farmácia Ana Flávia Pereira Oliveira foi assassinada a tiros em seu local de trabalho por Felipe Alves de Souza Lima, ex-segurança do estabelecimento.

Esse e outros casos de violência contra a mulher motivaram o Conselho Municipal da Condição Feminina de Cubatão (CMCF Cubatão) e a Comissão da Mulher Advogada da OAB-Cubatão a realizar a 1ª Caminhada Contra a Violência Doméstica de Cubatão. O ato acontece neste sábado (27), a partir das 9 horas, com saída da Praça Gervásio Bonavides, na Vila Santa Rosa.

De acordo com a presidente do CMCF Cubatão, Paula Ravanelli, o objetivo da ação é denunciar a falta de uma rede de serviços de proteção integral às mulheres vítimas de violência na cidade.

Segundo a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, já foram registradas 62 ocorrências de violência contra a mulher apenas em 2023.

“A Lei Maria da Penha exige que o Poder Público disponibilize mecanismos de assistência e proteção, mas que não estão assegurados às mulheres cubatenses. O Centro de Referência da Mulher não funciona e o local é utilizado para outras finalidades. Além disso, não existe Casa Abrigo para atender mulheres vítimas de violência doméstica”, destacou Paula.

Embora recentemente aprovada por lei federal (14.541/23), Cubatão também não conta com Delegacia de Defesa da Mulher, com atendimento 24 horas, e também com Varas especializadas na Justiça para julgar ações penais e conceder medidas protetivas, o que agrava os problemas com o desamparo das vítimas na cidade.

Além de denunciar os problemas, as entidades organizadoras reivindicam a implantação de uma Casa da Mulher Brasileira. Trata-se de um equipamento do Governo Federal que integra serviços especializados, como acolhimento e triagem, apoio psicossocial, delegacia, juizado, Ministério Público, Defensoria Pública, promoção de autonomia econômica, cuidado das crianças/brinquedoteca, alojamento de passagem e central de transportes.

Percurso

A Caminhada terá início na Praça Gervásio Bonavides, próximo ao local onde aconteceu o atentado que vitimou a atendente. O percurso vai passar pela farmácia onde ocorreu o fato. A ideia é fazer uma homenagem à vítima e cobrar das autoridades a responsabilização do agressor, que continua foragido. O trajeto segue até a Escola Afonso Schmidt, no Centro de Cubatão.

A coordenação do ato reforça que não há necessidade de inscrição prévia. A organização pede que os participantes compareçam de camiseta branca.

Serviço

1ª Caminhada contra a violência doméstica de Cubatão;

Sábado, 27 de maio de 2023 – 9 horas;

Saída: Praça Gervásio Bonavides – Vila Santa Rosa – Cubatão;

Organização: Conselho Municipal da Condição Feminina de Cubatão e Comissão da Mulher.