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O número de catadores de materiais recicláveis cresceu com a pandemia do coronavírus. Muitos não estão vinculados a qualquer cooperativa e atuam individualmente, vulneráveis à ação de intermediários que os exploram.

Por ouro lado, as cooperativas de catadores de materiais recicláveis enfrentam grandes dificuldades, principalmente devido ao descaso por parte do poder público.

A Lei Nacional dos Resíduos Sólidos obriga que as prefeituras paguem pelo serviço que prestam à sociedade. Além do recolhimento dos materiais, geram postos de trabalho e renda sem a exploração imposta pelos intermediários.

Atualmente, como está a situação das cooperativas de catadores no estado de São Paulo de Baixada Santista? Como as cooperativas podem incorporar novos catadores? Quais prefeituras estabelecem contratos com as cooperativas? O que fazer quando a gestão municipal continua a preferir estabelecer contratos com empresas capitalistas e não as cooperativas?

Os problemas não são poucos, inclusive envolvendo a logística reversa. Há, ainda, a ameaça que as cooperativas de catadores sofrem com o avanço de grandes empresas no setor, se instalando ao lado de “lixões” para se beneficiarem de um trabalho escravo para catação, mas utilizam equipamentos com grande capacidade operacional para todos os procedimentos posteriores que dispensam mão de obra.

Além disso, a implantação de usinas de incineração continua a ser uma ameaça concreta à sociedade, pois destruiria os postos de trabalho dos catadores e provocaria sérios danos ambientais.

Como manter as cooperativas fortes neste quadro, considerando a necessidade de continuarem a prestar relevantes serviços? Por fim, como a sociedade, beneficiária desses serviços, pode apoiar as cooperativas de catadores de materiais recicláveis? Como as cooperativas podem se modernizar com inovações organizacionais e técnicas?

Todas essas questões serão respondidas em live, nesta sexta-feira (25), a partir das 18h30, com transmissão pelo canal do Youtube e página do Facebook do Fórum de Economia Solidária da Baixada Santista (FESBS, organizador do evento online.

Participantes

Adolfo Homma. Integrante da Cooperativa de Matreriais Recicláveis do Grande ABC (COOPCENT) e do Fórum Paulista de Economia Solidária.

Marcelo Mello. Presidente da Cooperativa de Beneficiamento de Materiais Recicláveis e Educação Ambiental (COOPERBEN) e integrante do Fórum de Economia Solidária da Baixada Santista.

A mediação será de Osvado Aly Jr., professor na pós-graduação em Desenvolvimento Territorial e Meio Ambiente da Universidade de Araraquara. Integrou a assessoria técnica da Secretaria Municipal de Abastecimento Alimentar e Proteção ao Consumidor da Prefeitura de Santos (1989 – 1996).