Foto: Breno Esaki/Agência Saúde/Fotos Públicas

Dimas Covas, diretor do Instituto Butantan, declarou que a produção da CoronaVac tem insumos para cumprir o contrato de 46 milhões de doses entregues ao Programa Nacional de Imunização até sexta-feira (14). Porém, depois disso, não existe mais material para prosseguir com a imunização.

Durante coletiva, nesta segunda-feira (10), o governo de São Paulo, sob o comando de João Doria (PSDB), informou que o estado tem condições de concluir a vacinação contra Covid-19 de todos os grupos anunciados até o momento.

Entretanto, Covas destacou que serão entregues mais 1 milhão de doses da CoronaVac na quarta-feira (12), 1,1 milhão, na sexta-feira (14), mas “a partir daí, não teremos mais vacinas”.

“A situação não teve nenhuma alteração. Aguardamos a autorização para embarque [de Pequim] e a chegada até o dia 18 [de maio]”, afirmou.

“O cronograma de vacinação a partir de junho poderá sofrer algum impacto”, acrescentou, ressaltando que “possuía informações” de que a situação para a produção da vacina Covishield, produzida pela Fiocruz no Brasil, enfrentava problema semelhante.

Bolsonaro

Na última semana, o diretor do Butantan criticou os ataques feitos por Jair Bolsonaro contra a China. Disse, ainda, que as declarações foram determinantes para atrasar a liberação de embarque do Insumo Farmacêutico Ativo (IFA). Bolsonaro insinuou que o coronavírus teria sido criado em laboratório.

“É muito claro que há uma limitação determinada pelo governo da China, dada as circunstâncias das constantes manifestações inapropriadas, inadequadas e inoportunas do governo brasileiro”, afirmou o Doria.

Com informações da Carta Capital