Mesmo faltando apenas pouco mais de dois meses para o término do ano e ainda com números elevados de casos e mortes por coronavírus na região, as escolas particulares de Santos estão autorizadas a retomar atividades presenciais complementares, a partir desta quarta-feira (7). A informação foi confirmada pelo prefeito Paulo Alexandre Barbosa (PSDB), em live neste domingo (4) à noite.
“Nós ouvimos a comunidade escolar, pública e da rede privada. Na rede pública, a imensa maioria não quer o retorno, mais de 80% dos pais. Isso foi feito no mês passado, em setembro, e vamos repetir agora, em outubro”, contou o prefeito, se referindo à pesquisa feita com integrantes da comunidade escolar, iniciativa que recebeu várias críticas de pais de alunos.
Barbosa reiterou que as escolas particulares que desejarem voltar, poderão. “Repetindo que as aulas ainda não estão permitidas, mas as atividades presenciais complementares, isso está amparado no ‘Plano São Paulo’, decreto do governo do estado”.
As escolas atuarão com 35% dos alunos matriculados por turma, em um período máximo de 3h30 diárias, para os períodos da manhã e tarde.
Todas as regras constam no decreto municipal 9097/2020 e na portaria conjunta 73/2020, da Secretaria Municipal de Educação e da Diretoria Regional de Ensino de Santos.
O prefeito santista lembrou, ainda, que as unidades de ensino devem cumprir as medidas de segurança e protocolos sanitários. Além disso, Barbosa ressaltou o compromisso de responsabilidade dos pais, que são os responsáveis pelas crianças.
A atitude de delegar aos pais a decisão de voltar ou não com as atividades presenciais foi condenada por Tânia Grizzi, coordenadora da subsede Baixada Santista do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), que a classificou como “omissão de responsabilidade”.
Remotas
As escolas municipais e estaduais continuarão remotas. Conforme informou o prefeito, o município está estudando um possível retorno presencial para os alunos que não se adaptaram às aulas remotas. “Estamos estudando caso a caso para que a gente possa oferecer ensino para todos”, justificou o tucano.
Outro ponto destacado por Barbosa é que, mesmo as escolas particulares que forem autorizadas a voltar, serão obrigadas a manter o ensino a distância.
“Os pais que, mesmo com o retorno, não quiserem levar seu filho para a escola, não precisarão. Eles poderão fazer a opção de ter o filho no online, se acharem que assim é mais seguro e mais adequado. Vai para a escola quem quer”, acrescentou.
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