Helen Sharman, astronauta britânica, declarou, em entrevista à BBC, que a caverna parece, de fato, um local promissor para uma base lunar. Ela acredita que, de 20 a 30 anos, humanos poderão viver nesses locais.
Porém, a astronauta, alertou para a necessidade de tecnologias como rapel, jet packs e elevadores para acessar essas profundezas.
Como ocorreu a descoberta
Bruzzone e Carrer usaram um radar para identificar o poço lunar na planície rochosa conhecida como Mare Tranquillitatis.
De acordo com os estudos, a superfície da caverna é visível a olho nu da Terra e foi formada por fluxos de lava que criaram túneis na rocha há milhões ou bilhões de anos.
Os pesquisadores encontraram, no interior da caverna, paredes verticais e um piso inclinado que pode se estender ainda mais abaixo da superfície lunar.
“A vida na Terra começou em cavernas. Por isso, faz sentido que os humanos pudessem viver dentro delas na lua”, destacou Bruzzone, que comparou a descoberta às cavernas vulcânicas encontradas em Lanzarote, na Espanha.
Futuras explorações
O estudo, publicado na revista Nature Astronomy, abre caminho para futuras explorações lunares. A existência de cavernas no satélite natural era cogitada havia décadas. Contudo, apenas em 2010 uma câmera registrou possíveis entradas para esses poços.
Agora, os cientistas esperam usar radares de penetração no solo, câmeras e robôs para mapear e explorar as cavernas.
O coordenador da equipe de Cavernas Planetárias da Agência Espacial Europeia, Francesco Sauro, disse à BBC News que essa pesquisa também pode ser fundamental para futuras explorações de cavernas em Marte, o que ampliará as possibilidades de colonização humana no espaço.