Foto: Reprodução/Redes Sociais

A Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP-SP) informou que investiga imagens, que circulam nas redes sociais, que mostram policiais militares quebrando câmeras de monitoramento durante patrulhamento na Rua Santo Amaro, na Comunidade da Prainha, no Guarujá.

O sistema da câmera de monitoramento aponta que as imagens foram registradas nesta segunda-feira (19), por volta das 16h. No mesmo dia, a 3ª fase da Operação Verão chegou a 28 “suspeitos” mortos em supostos confrontos com policiais na Baixada Santista. Veja as imagens:

As imagens mostram o momento em que um policial pega uma grade de metal, ao lado de uma caçamba de lixo. Outro PM utiliza o equipamento como escada para chegar até a câmera. O agente atinge o aparelho com um pedaço de madeira. Em seguida, um policial puxa e destrói outra câmera. É possível escutar ele comentando com os colegas que o objeto é de metal.

Ao menos seis policiais participaram da destruição das câmeras de monitoramento. Um homem de blusa preta, que não foi identificado, também aparece nas imagens enquanto assiste à ação dos PMs.

O que diz a SSP-SP

A SSP-SP afirmou que as imagens estão sendo analisadas para identificar os policiais envolvidos. De acordo com a autoridade policial, a ação não condiz com a conduta da corporação. “As forças de segurança do estado são instituições legalistas que atuam no estrito cumprimento do seu dever constitucional”, afirmou a SSP-SP, em nota.

A autoridade policial destacou, ainda, que a Corregedoria da Polícia Militar está à disposição para formalizar e apurar as denúncias contra agentes públicos. A SSP-SP ressaltou que a corporação tem compromisso com a legalidade, os direitos humanos e a transparência.

Operação Verão

A Operação Verão foi estabelecida na Baixada Santista desde dezembro de 2023. No entanto, as 2ª e 3ª fases, que, respectivamente, contaram com reforço policial e a instalação do gabinete da SSP em Santos, foram decretadas logo após os assassinatos do soldado PM Samuel Wesley Cosmo, no último dia 2, e do cabo José Silveira dos Santos, no dia 7 de fevereiro.

A pasta esteve sediada na Baixada Santista durante 13 dias. Desde o último dia 7 deste mês, 28 “suspeitos” morreram em confrontos com a polícia.

Ainda de acordo com a SSP-SP, até o momento, mais de 681 pessoas foram presas, sendo 254 delas procuradas pela Justiça por algum tipo de crime. A pasta afirmou também que, além disso, quase meia tonelada de drogas foi apreendida e 79 armas ilegais retiradas das ruas.

A Defensoria Pública de São Paulo, em conjunto com a Conectas Direitos Humanos e o Instituto Vladimir Herzog, pediu, na sexta-feira (16), à Organização das Nações Unidas (ONU), o fim da operação policial na região e a obrigatoriedade do uso de câmeras corporais pelos policiais militares.

Com informações do G1