A secretaria também informou que o caso foi registrado na Central de Polícia Judiciária (CPJ) de Santos como disparo de arma de fogo e homicídio tentado.
“Os PMs realizavam diligências no bairro Jardim Progresso, quando foram recebidos a tiros por pelo menos três suspeitos, que dispararam contra os agentes. Os policiais intervieram. Não houve feridos e os criminosos conseguiram fugir. O caso foi registrado como disparo de arma de fogo e tentativa de homicídio na CPJ de Santos. Diligências prosseguem para localizar os autores”, alega a SSP-SP, em nota.
Operações Escudo e Verão
Ocorrendo desde janeiro deste ano em sua segunda fase, a Operação Escudo, agora chamada de Operação Verão, vem sendo criticada por moradores e entidades dos Direitos Humanos devido à sua violência e letalidade.
Somente nos primeiros meses deste ano, mais de 30 pessoas foram mortas na Baixada Santista devido às operações policiais. Segundo um levantamento realizado pela Ponte Jornalismo, 71,5% das mortes ocorridas no primeiro bimestre de 2024 estão concentradas no local.
A operação tem início sempre que um PM é morto em confronto e é uma forma de vingança, denunciada por moradores e ativistas devido às práticas de tortura, execuções e ameaças. A operação já foi denunciada na Organização das Nações Unidas (ONU) duas vezes, uma em setembro do ano passado e outra em março deste ano.
Uma das mortes mais chocantes foi a de Edneia Fernandes Silva, de 31 anos, vítima de bala perdida, na última quarta-feira (27), após a chegada de três policiais que faziam patrulhamento de moto na Praça José Lamacchia, bairro Bom Retiro, Zona Noroeste de Santos. Após ficar internada por um dia, Edneia não resistiu. Ela deixou seis filhos. Até o momento, já morreram 56 pessoas por policiais desde o início da operação.