Governador Tarcísio de Freitas prestando continência para PMs de SP - Foto: Governo do Estado de SP

O governador bolsonarista de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), comemorou o verdadeiro morticínio perpetrado pela Polícia Militar (PM) sob seu comando nos 58 dias da famigerada Operação Verão, realizada na região da Baixada Santista no início deste ano, que terminou com 56 pessoas assassinadas em alegados confrontos com as forças de segurança do estado.

Diante do massacre e de protestos até em âmbito internacional, o chefe do Executivo paulista mandou até um “tô nem aí” depois de flagrantes casos de execução e de mortes de inocentes, como o de uma mãe de seis filhos que aguardava o caçula cortar o cabelo num salão da Zona Noroeste de Santos.

Brindando o “heroísmo” de sua tropa, que aos olhos do governador de extrema direita tudo pode, Tarcísio agora deve estar tendo dificuldade em lidar com uma notícia: a de que um verdadeiro arsenal “sumiu” de dentro do principal batalhão da PM na Baixada, o 6°BPM/I, responsável pelo patrulhamento do maior e mais populoso município do litoral de São Paulo, Santos. E o “furto” não foi de pouca coisa, naturalmente cometido por alguém que trabalha na unidade, ou seja, por policiais.

O que sumiu

O comando do 6° BPM/I deu falta, na manhã de segunda-feira (6), de duas pistolas Glock .40, 12 carregadores para armas desse calibre e 210 munições também para esses itens, além de dois carregadores de pistola Taurus 9mm, de natureza particular, 24 munições desse calibre privado e uma capa para colete à prova de balas. O material teria sido retirado de um armário no interior do batalhão, que apresentava sinais de arrombamento.

Para tentar esclarecer o sumiço, técnicos do Núcleo de Perícias Criminalísticas de Santos (NPCS), vinculado à Polícia Civil de São Paulo, estiveram na unidade da PM que fica na Avenida Ana Costa, o logradouro mais nobre e emblemático da cidade, no bairro do Gonzaga. Nenhum “suspeito” foi detido até o momento. Nem morto “por reagir”.