Uma ocorrência trágica foi registrada durante uma reunião de amigos em um apartamento localizado em Guarujá. Maria Eduarda Fardelone de Carvalho, de 25 anos, morreu depois de ser atingida por um tiro acidental.
Uma amiga, de 24 anos, foi mexer na pistola de um policial militar de folga que estava na confraternização e a arma disparou. O PM foi encaminhado ao Presídio Romão Gomes e a autora do disparo pagou fiança de R$ 1.500 e responderá o crime em liberdade.
A Polícia Civil informou que o grupo de amigos, composto por homens e mulheres, alugou um apartamento na Rua Allan Kardec, bairro da Enseada, para passar o fim de semana.
Na noite de domingo (20), uma das mulheres pegou a arma do agente, de 28 anos, seu amigo. Ela passou a manusear a arma, que disparou acidentalmente. Maria Eduarda foi atingida e não resistiu ao ferimento.
A prefeitura de Guarujá relatou que o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu 192) foi acionado. Ao chegar ao apartamento, a equipe encontrou a vítima, que apresentava ferimento na face. A morte foi constatada no local.
O boletim de ocorrência (BO) aponta que a jovem que efetuou o disparo afirmou, em interrogatório, que estava na sala com Maria Eduarda e o PM. Ela não sabia que o rapaz estava armado, mas o viu colocando a pistola na cintura e ficou curiosa. A jovem pediu a arma ao policial, para manusear, e ele teria alegado ser perigoso, já que ela não tinha experiência.
Mesmo assim, o agente teria tirado a arma da cintura, retirado as munições e entregado na mão da mulher. Ela relatou à corporação que Maria Eduarda pediu para ver a pistola também. Foi quando fez um movimento com o braço direito para entregar a pistola à amiga.
Ainda conforme depoimento, ela não sabia que havia um projétil na câmara de disparo e, também, não conhecia o mecanismo de funcionamento da arma. Acreditava que, ao retirar o pente de projéteis, não haveria mais munição.
Outra versão
Porém, o policial militar apresentou outra versão. Ele afirmou que não entregou a arma à amiga. Disse que manteve a pistola guardada e que, pouco antes do disparo, a colocou em cima do sofá enquanto calçava o tênis.
Ele escutou as duas jovens conversando a respeito da arma e, em seguida, ouviu o disparo. Na sequência, viu Maria Eduarda caída no chão e a outra mulher jogar a arma no sofá, de acordo com reportagem do G1.
Homicídio culposo
O BO foi registrado como homicídio culposo, quando não há intenção de matar, e porte ilegal de arma de fogo de uso permitido. A pistola do policial foi apreendida.