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Acusado de facilitar um homicídio no Hospital Santo Amaro, no Guarujá, a mando do Primeiro Comando da Capital (PCC) em abril de 2022, o médico Alexandre Pedroso Ribeiro foi preso na município, novamente, na manhã desta quinta-feira (30). Ele recebeu liberdade provisória no dia 21 de novembro, mas o Ministério Público (MP) recorreu da decisão da Justiça.

Os policiais da Delegacia Sede de Guarujá o prenderam na condição de foragido da justiça. Após receberem o contato de que o acusado estava dentro de uma Unidade de Pronto Atendimento da Rodoviária (UPA), os policiais foram até o local e fecharam todas as saídas, para evitar a fuga.

Alexandre Pedroso deu entrada no hospital na última terça-feira (28), um dia antes da expedição de seu mandado de prisão. Segundo a Polícia Civil, o médico foi encontrado na ala de isolamento psiquiátrico.

O Ministério Público recorreu da decisão da Justiça que beneficiou o médico, também acusado por tráfico de drogas, após ele passar um ano e cinco meses preso na Penitenciária 1 de Presidente Venceslau, no oeste do estado de São Paulo.

Na decisão, o médico tinha entrado em regime de prisão domiciliar, fazendo uso de tornozeleira eletrônica e sendo autorizado a sair somente para consultas médicas. A medida teria sido tomada devido a problemas psiquiátricos que Alexandre estaria apresentando, em virtude da dependência de álcool e drogas e de episódios depressivos graves. Justificou-se, também, o fato do médico ser réu primário.

Recurso

No dia 21 de novembro de 2023, quando Alexandre foi solto, o MP recorreu da decisão de liberdade provisória, alegando que as medidas cautelares seriam insuficientes e desproporcionais à gravidade dos crimes cometidos por Alexandre. O MP pediu que o recurso fosse suspenso e a prisão preventiva do médico decretada novamente, pelo risco que o réu apresentava à sociedade.

Crime

Alexandre é acusado de facilitar a morte de um homem no dia 24 de abril de 2022. A vítima estaria internada no Hospital Santo Amaro, no Guarujá, mas teve a alta forçada pelo médico e foi baleado pelos criminosos na saída da unidade de saúde.

Conforme apurado, os atiradores seriam integrantes da facção criminosa denominada PCC, que tinha recorrentes auxílios de Alexandre nas execuções de “sentenças de morte” no tribunal do crime. O indiciado ainda foi acusado de ter em sua residência mais de 62 quilos de cocaína, crime pelo qual também responde.