O ex-jogador Marcelinho Carioca, que foi levado por sequestradores após assistir a um show de pagode na Neo Química Arena, estádio do Corinthians, que fica em Itaquera, na Zona Leste de São Paulo, no início da noite de sábado (16), e libertado na tarde desta segunda (18), deu entrevista ao jornalista José Luiz Datena, da Band, ainda nesta tarde e contou, por telefone, a sua versão para o crime.
Momentos antes de ser solto, os sequestradores gravaram um vídeo em que ele e uma mulher identificada como Thaís, que seria casada, falam que os dois tinham um caso e que o crime do qual eram vítimas teria sido elaborado e realizado pelo marido dela, que teria descoberto tudo. A história, muito confusa, passou a ser questionada nas redes e na imprensa, uma vez que os autores divulgaram as imagens que supostamente incriminariam eles mesmos. Segundo o ídolo do Timão, não foi nada disso o que aconteceu.
“Ô, Datena… Você sabe o quanto que eu te respeito, Datena, e assim, eu sou jornalista, sabe, e assim… Antes das pessoas divulgarem as coisas, elas têm que saber da veracidade dos fatos… Eu tô com o doutor Nico aqui, equipe toda da DAS (Divisão Anti-Sequestro), o trabalho brilhante da Polícia Militar, e aí é o seguinte, ó… A Thaís é minha amiga, eu fui secretário de Esporte por quase três anos, não saí com ela, não tenho nada com ela, ela é minha amiga! Ela é minha amiga, entendeu? Respeito ela, respeito o ex-marido dela, o Márcio, os dois filhos dela, a família dela, uma mulher batalhadora, uma mulher guerreira, e é minha amiga, assim como todas as pessoas da Secretaria (Esporte) são minhas amigas”, começou dizendo o ‘pé de anjo’.
Na sequência, Marcelinho ainda confirmou que se tratou de um crime patrimonial, para pegar dinheiro dele, embora tenha desconversado no momento em que foi questionado pelo apresentador sobre valores. Ele ainda confirmou que o vídeo em que admite o caso com a mulher foi gravado com os dois sob coação.
“Datena, tirar dinheiro foi o que fizeram lá… E outra coisa, me forçaram a fazer aquele vídeo, tanto eu quanto ela… Você com um revólver na cabeça… ‘você vai falar isso, isso e isso’… O que você faz?”, falou.
Marcelinho Carioca ainda relatou a Datena que tudo teria acontecido no momento em que ele parou o carro na porta da casa de Thaís, em Itaquaquecetuba, para entregar a ela os convites para o show de Thiaguinho que ocorria no domingo (17), no qual não poderia ir. Ele teria entrado brevemente na casa de Thaís, que trabalhou com ele alguns anos na prefeitura daquele município, onde o ex-jogador foi secretário de Esportes, e ao sair já foi abordado por um trio.
“Eu passei depois do show do Thiaguinho, pra poder entregar os ingressos de domingo, que eu não iria participar, e aí eu tava lá no bairro, próximo da casa, entrei por questão de cinco minutos e eu não vi nada, eu vi três pessoas andando e quando voltaram já vieram com a arma pra cima de mim, me empurrara, deram uma coronhada no meu rosto, na minha cabeça… Mas em nenhum momento fizeram maldade, nem comigo, nem com ela… Então tá tudo em ordem, tá”, contou o ex-craque.