Este era Luan, morto em uma abordagem policial numa estrada da Região - Créditos: Reprodução/Instagram

O atendente de farmácia Luan dos Santos, de 32 anos, morava no bairro Americanópolis, em São Paulo, e estava descendo à Serra com mais dois amigos para passear de moto em Santos.

No entanto, ele foi morto a tiros por um policial rodoviário, em uma abordagem de rotina, no km 61+800 da Rodovia Anchieta, na última sexta-feira (16), por volta das 17h40. O agente que o matou alega que o tiro foi acidental. O registro não faz parte da Operação Verão, informou a Secretaria de Segurança Pública (SSP).

Segundo um amigo próximo de Luan, os três são moradores da Capital e escolheram vir ao litoral para estrear a moto nova de um deles que, inclusive, ainda estava sem placa. Na outra motocicleta estava Luan, como passageiro.

Ao avistá-las na Rodovia Anchieta, uma equipe de patrulhamento da Polícia Rodoviária decidiu fazer a abordagem, após suspeitar de uma possível tentativa de roubo, pois a outra motocicleta seguia logo atrás com os dois ocupantes.

Na versão da Polícia, o agente rodoviário atirou acidentalmente em Luan quando a viatura freou de repente para não colidir contra a moto que teria parado bruscamente na pista, após tentar fugir em alta velocidade. Porém, essa versão é contestada pelo condutor do veículo.

Ele nega ter desobedecido a ordem de parada dos policiais e afirma que o disparo ocorreu quando a viatura e a moto já estavam parados, enquanto Luan desembarcava do veículo. “O Luan era bom, alto astral, de uma alegria que contagiava todos nós”, conta, emocionado, o amigo.

A vítima recebeu os primeiros socorros no local por uma equipe do Corpo de Bombeiros e foi encaminhado ao Hospital Modelo de Cubatão, onde faleceu. Ele foi velado às 8h deste domingo (18) e enterrado ao 12h no cemitério Jardim Vale da Paz, em Diadema, na Grande São Paulo.

SSP

Em nota, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) informou que “o policial militar rodoviário teve a arma apreendida e encaminhada para a perícia. O caso foi registrado como morte decorrente de intervenção policial na Central de Polícia Judiciária de Santos, e é investigado pela Polícia Civil, com acompanhamento do Ministério Público e do Poder Judiciário. A Polícia Militar também apura a ocorrência por meio de Inquérito Policial Militar (IPM).

A SSP esclareceu ainda que “a equipe envolvida no caso não faz parte do reforço da Operação Verão”.

Com informações de A Tribuna