Por Henrique Rodrigues
O homem que entrou num restaurante japonês de Praia Grande, na noite de quarta-feira (12) e executou friamente o paratleta tricampeão mundial de jiu-jitsu Thaynã Higor da Cruz Silva, de 25 anos, e Walter Ramos Filho, de 67, identificado pela Polícia Civil de São Paulo como Maurício Souza Alves, de 35 anos e que já cumpre pena por homicídio, “se enganou” ao cometer o duplo assassinato.
De acordo com informações do inquérito policial instaurado para apurar o crime, Maurício estaria embriagado e sob forte efeito de entorpecente, o que fez com que um segurança de um bar próximo ao restaurante vetasse sua entrada no estabelecimento, alegando que ele estava “alterado” demais.
Foi então que o sujeito, que saiu da penitenciária recentemente beneficiado por um indulto, resolveu buscar uma arma e voltar ao bar, para matar o funcionário que não o deixou ingressar no local. No entanto, como estava pouco lúcido, Maurício viu Thaynã parado na frente do restaurante, metros antes da porta do comércio em que tentou frequentar, esperando um carro de aplicativo, e já saiu disparando à queima-roupa na nuca do lutador, pensando que ele era o segurança.
Para terminar a insanidade que começou, o atirador entrou no restaurante achando que estava no bar vizinho e pensou que Walter era também um segurança, quando na verdade ele estava apenas jantando. Mais uma vez disparou e fez outra vítima fatal.
Inicialmente, por conta do cenário estranho e da ausência de conexão entre as duas vítimas e o assassino, que também não tentou roubar nada, os investigadores cogitaram se tratar de um surto por parte do criminoso, que teria saído atirando a esmo.