“Acharam meu filho”, afirmou o pai do policial, Renzo Angerami, ao Metrópoles. Ele disse que não tinha sido comunicado oficialmente sobre o encontro do corpo, mas já sabia que era Luca.
O agente estava desaparecido desde o dia 14 de abril. Seu corpo, que foi encontrado pela Polícia Civil, estava enrolado em uma lona, com as mãos amarradas em uma rua da Vila Baiana, no Guarujá. O local é o mesmo onde o policial foi visto pela última vez.
De acordo com informações dos polícias que participaram da operação, seu rosto estava desfigurado, mas ele foi reconhecido por uma tatuagem no braço esquerdo.
Relembre o caso
Luca Romano Angerami, lotado no 3° BPM/M, na capital paulista, desapareceu no Guarujá na madrugada do dia 14 de abril, depois de passar a noite bebendo com amigos numa adega do bairro Santo Antônio. Imagens de câmeras de vigilância já mostraram que o PM saiu do estabelecimento e foi até um conhecido ponto de tráfico da localidade, permanecendo por mais de meia hora dentro carro para, na sequência, ser rendido por dois homens.
O veículo do jovem policial foi encontrado abandonado no dia seguinte na Rodovia Cônego Domênico Rangoni, que liga Guarujá ao continente. A Polícia Civil da Baixada Santista foi rápida no levantamento de imagens de circuito de monitoramento da área do desaparecimento e, no dia 15, chegou a um homem que teria participado da abordagem e sequestro de Luca. Ele confessou que o PM teria sido levado para uma comunidade de São Vicente, também na Baixada, e lá sido executado com a própria arma, para depois ter pedras amarradas às suas pernas e ser lançado de uma ponte.
No entanto, o delegado responsável pelas investigações, Antônio Sucupira, afirma que a versão seria totalmente inverossímil, uma vez que boa parte do relato e dos detalhes não bate com as provas colhidas até o momento. O acusado, por exemplo, diz que Luca teria recebido oito tiros e que depois teria sido colocado no porta-malas do próprio automóvel, para ser levado até o suposto ponto onde o cadáver teria sido dispensado. Só que o carro não apresenta qualquer mancha de sangue em seu interior, ou mesmo do lado de fora.
Segundo reporta o jornal A Tribuna, a Polícia Civil teria recebido informações anônimas de que o PM seguiria vivo, mantido em cativeiro numa favela chamada Caranguejo, no próprio Guarujá. Unidades da PM de toda a Baixada e homens de elite do Comando de Operações Especiais (COE) realizam buscas neste momento por vários municípios da região.