O PM Patrick Bastos Reis foi morto em operação - Reprodução/Twitter

Por Yuri Ferreira

A bala que matou o policial da Rota, Patrick Bastos Reis, era de um calibre exclusivo das forças de segurança pública brasileira.

Isso significa que a arma e a bala do crime saíram de dentro das polícias e do Exército. Caso ela de fato estivesse nas mãos de um criminoso do PCC, isso significaria que as próprias forças de segurança estão vendendo armas para o crime organizado. A informação é da Globonews.

Trata-se de uma bala de calibre 9 milímetros, de uso exclusivo das polícias o do Exército. O armamento foi brevemente permitido para civis, mas voltou a ser proibido neste ano.

Violações aos direitos humanos

Em relatório divulgado nesta semana, o Conselho Nacional de Direitos Humanos (CNDH) afirmou que a Operação Escudo – nome oficial para a ação policial que matou 24 pessoas na Baixada Santista desde julho, também conhecida como “Chacina do Guarujá” – violou os direitos humanos de pelo menos 11 pessoas.

A entidade exige uma explicação do governo Tarcísio de Freitas (Republicanos) em até 20 dias sobre a não utilização de câmeras corporais por policiais durante a operação.

O órgão também pede que o governo paulista ordene o fim da operação e apresente, em até 20 dias, esclarecimentos sobre as execuções realizadas durante o período.

Falta de provas

O laudo pericial feito em Erickson David da Silva, apontado como o principal suspeito pela morte de Patrick, não apontou presença de pólvora nas mãos do investigado. Ele afirma ser inocente e disse não ter matado o policial militar.

O documento afirma que o exame pericial “não é conclusivo” porque “depende de inúmeros fatores”, como “colheita adequada do material”, “tipo de munição utilizado” e “lapso temporal entre o fato e a coleta para o exame”.