O policial Patrick Bastos Reis - Divulgação/PM-SP

A necrópsia no corpo do soldado da Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar), unidade de elite da PM, Patrick Bastos Reis, 30 anos, morto na Vila Gilda, no Guarujá, Baixada Santista, no último dia 27, revelou o trajeto da bala. O PM era casado e pai de uma criança de dois anos. Sua morte desencadeou retaliações por parte da PM que culminaram com a chacina de 16 pessoas na região.

Segundo o exame, o projétil de 9 mm entrou pelo ombro esquerdo e atravessou o tórax do policial militar, onde havia tatuagens de trechos da Oração de São Jorge, com as frases “armas de fogo o meu corpo não alcançarão” e “facas e lanças se quebrem sem o meu corpo tocar”.

De acordo com informações da coluna de Josimar Jozino, no UOL, a bala também atingiu os pulmões e a aorta ascendente de Reis e se alojou perto da região infraclavicular direita. No local havia outra tatuagem com a inscrição em inglês “only the strongest will survive”, “só os mais fortes sobreviverão”, em português.

Hemorragia interna aguda traumática

O laudo diz que a causa da morte foi hemorragia interna aguda traumática provocada por projétil de arma de fogo. O trajeto interno da bala foi estimado da esquerda para a direita, discretamente de trás para a frente e de cima para baixo.

Dois policiais civis do Guarujá encontraram a arma do crime, uma pistola 9 mm, graças à denúncia anônima.

O tiro teria sido disparado por Erickson David da Silva, 28 anos, o Deivinho, apontado como integrante do PCC (Primeiro Comando da Capital), de acordo com investigações da Polícia Civil. Ele se entregou e está preso na Penitenciária 1 de Presidente Venceslau.