Tiago Gomes de Souza e a vítima, Cesar Fine Torresi - Fotos: Reprodução

O empresário Tiago Gomes de Souza, 39 anos, acusado de matar um idoso de 77 anos com uma “voadora” no peito, em Santos, foi conduzido à delegacia gentilmente por agentes da Polícia MIlitar (PM) do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos). Além de ser bem tratado pelos policiais, ele ainda foi conduzido sentado no banco traseiro da viatura, ao invés de ser colocado na traseira, como costuma acontecer com outros presos.

Tiago deu a “voadora” em César Finé Torresi, porque ele teria atravessado fora da faixa de pedestres e o obrigou a frear bruscamente seu carrão. O crime aconteceu na presença do neto de 11 anos da vítima, que andava de mãos dadas com o avô no momento do crime, em frente a um grande shopping da cidade.

Assista ao vídeo:

Empresário, consultor e professor universitário

De acordo com a defesa de Tiago, ele é empresário, consultor e professor universitário. A imprensa da Baixada Santista reporta que o acusado tem inúmeras passagens pela polícia, por diferentes delitos, com destaque para uma prisão, na noite de réveillon de 2021 para 2022, por desacato, após chamar PMs de “medíocres”, jogar seus documentos no chão e mandar os policiais pegá-los, de forma humilhante. O sujeito ainda teria registros por estelionato, ameaça, injúria, lesão corporal e ato obsceno.

Logo após dar a “voadora”, Tiago viu-se na iminência de ser linchado e então fugiu para um hipermercado que fica praticamente em frente ao ponto onde ocorreu a agressão, se escondendo no estabelecimento. Seu carro foi parcialmente destruído pelos transeuntes e motoristas revoltados que presenciaram o crime e ele foi encontrado por PMs minutos depois no interior da loja.

Nesta segunda-feira (9), em audiência de custódia no Fórum de Santos, o juiz Felipe Esmanhoto Mateo determinou a manutenção da prisão de Tiago, agora em caráter preventivo. O magistrado assinalou na decisão o caráter violento e covarde do ato praticado pelo acusado.

“Pelo que consta dos autos, a violência concreta da ação é grave: o investigado, de apenas 39 anos de idade, teria dado uma ‘voadora’ na vítima com 77 anos de idade (quase o dobro da idade do indiciado), em virtude de discussão banal no trânsito. Com tal conduta, em exame sumário, é provável que o indiciado tenha assumido o risco do resultado morte”, opinou o juiz.

O advogado de Tiago já anunciou que entrou com um pedido de habeas corpus no Tribunal de Justiça de São Paulo por entender que a prisão preventiva não preenche as condições necessárias para tal decisão, que poderia perfeitamente ter sido substituídas por outras medidas cautelares.