Um criminoso publicou, em suas próprias redes sociais, um vídeo dele furtando o celular de menino de 13 anos, no bairro Agenor de Campos, em Monguaguá. Até o momento o suspeito não foi localizado.
O perfil usado no Instagram para compartilhar o caso divulga diversos assaltos praticados por um grupo que se vangloria pelos crimes. O vídeo do episódio na Avenida Monteiro Lobato foi publicado com a legenda “já era, molequinho” no mesmo dia da ação criminosa.
Nas imagens, é possível ver que o autor da gravação é um ciclista. Ele se aproxima de um menino que estava mexendo no celular e, rapidamente, arranca o aparelho da mão dele. Em seguida, pedala até a Rua Silviria Souza de Melo, por onde foge.
Indignada, a mãe da vítima conta que se deparou com as imagens na internet no domingo (10), dia seguinte ao crime, e se surpreendeu com a ousadia do ladrão. “Espero que algo seja feito, porque, pelo que é publicado na página dele, ele age como se nunca fosse ser pego. E pior, incentiva a criminalidade”, diz a mulher, de 43 anos, que teve a identidade preservada.
De acordo com ela, o adolescente de 13 anos chegou em casa nervoso e assustado, ao relatar aos pais que havia sido furtado e não tinha conseguido ver o rosto do criminoso. “Ele [adolescente] estava distraído com o celular. Agora a lição foi aprendida, nunca mais usar o celular na rua”, enfatiza.
Esta foi a primeira vez que a família se tornou alvo da criminalidade desde que se mudou para Mongaguá, há 15 anos. “A sensação é de insegurança total. Agora foi um celular. Mas, poderia ser algo pior”, desabafa a mãe da vítima, que registrou um boletim de ocorrência na Delegacia Eletrônica.
Vídeo excluído
O vídeo, que tinha sido publicado com uma música que falava sobre ladrão, foi apagado das redes sociais. No entanto, diversas pessoas salvaram o conteúdo. Essa é a esperança da mãe do adolescente para que o responsável seja localizado.
“Se todos nós temos acesso aos vídeos, acredito que a polícia também tenha, e pode ser usado como prova dos roubos e, assim, fazer valer a justiça e colocar o meliante atrás das grades”, completa a mulher.
Contatada, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP) não se manifestou até a publicação desta matéria.
Com informações do G1