Os telefones celulares e todos os aparelhos que utilizam tecnologia sem fios, desde computadores portáteis a transmissões de rádio e TV e de telefonia móvel, emitem ondas de rádio.
Em 2011, um estudo fez essa relação sobre os celulares “como possível carcinogênico para seres humanos“, especialmente no cérebro, porque, diferentemente dos outros que a pessoa assiste ou opera a uma relativa distância, eles são usados perto da cabeça ou colados nela, quando a pessoa atende uma ligação ou escuta um áudio no WhatsApp.
De lá para cá foram desenvolvidas inúmeras pesquisas sobre essa correlação das ondas de rádio emitidas pelos celulares e o câncer de cérebro.
A primeira resposta empírica veio da realidade. De 2011 para cá o uso de celulares se espalhou pelo mundo. Hoje é difícil encontrar alguém que não viva grudado no seu aparelho. Especialmente em países como Brasil, um dos mais ligados em celulares.
Este fato deveria provocar um aumento proporcional dos casos de câncer de cérebro, o que não aconteceu. Agora, uma recente pesquisa encomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) aprofundou o estudo dessa correlação.
Publicada na revista científica Environment International, na última terça-feira (3/9), a pesquisa foi conduzida por um grupo de pesquisadores australianos.
A revisão analisou mais de 5 mil estudos publicados entre 1994 e 2002, limitando-se a 63 para a análise final.
Eles descobriram que o risco de câncer de cérebro não aumentava, mesmo entre aqueles que usavam o aparelho por muitos anos (dez anos ou mais), que passavam muito tempo no celular ou faziam muitas ligações diárias. Também não encontraram risco aumentado de câncer em crianças expostas a transmissores de rádio ou TV ou torres de telefonia celular.