O número de infectados por dengue na Baixada Santista aumentou 454,3% no comparativo entre janeiro de 2023 e o mesmo período de 2024. Os dados levantados pelo G1 é um recorte consolidado de um período onde começou a crescer o número de queixas sobre a doença na região. Os casos continuam em alta em fevereiro.
De outubro a maio, de acordo com o Ministério da Saúde, as ocorrências costumam ser mais comuns. Segundo o painel de monitoramento de arboviroses da pasta, neste ano já foram registrados 653.656 casos da doença no país, com 113 mortes registradas e outras 438 em investigação.
Na Baixada Santista, Bertioga é a cidade mais afetada pela ação do vetor da doença, o mosquito aedes aegypti. Em janeiro de 2023 foram cinco casos, enquanto no mesmo período este ano foram registrados 437 ocorrências. Uma alta de 8.640%. As cidades de Praia Grande, Guarujá, São Vicente, Mongaguá e Itanhaém também apresentaram alta no número de casos.
Apenas Santos e Cubatão registraram queda de infectados no mês de janeiro. Peruíbe não respondeu e, portanto, não consta na lista. Confira os dados abaixo:
Ações de combate à dengue
Guarujá
A prefeitura do Guarujá identificou que a cada 100 imóveis vistoriados pelas equipes de combate à dengue, em sete são encontrados criadouros com larvas do aedes aegypti. São realizadas nebulizações nos bairros da cidade, com o intuito de reduzir a quantidade de contaminações.
São Vicente
Das 16.584 vistorias realizadas pelos agentes de combate às endemias da prefeitura de São Vicente, foram encontrados 10.023 focos do mosquito. A administração ressalta que são realizadas visitas a cada 15 dias em escolas, borracharias, pátios de carros, ferros velhos e supermercados.
Santos
Entre os seis mutirões realizados neste ano pela prefeitura de Santos, 609 focos com larvas foram eliminados. O número equivale a 22,4% do total de focos encontrados em 2023. A cidade conta com os programas Casa a Casa e Mutirão.
Bertioga
Em Bertioga, até 7 de fevereiro, dos 1778 imóveis vistoriados pela Vigilância em Saúde do Programa Municipal de Combate às Arboviroses, foram eliminados 422 criadouros. Os agentes visitam imóveis próximos às residências de pessoas que contraíram dengue.
Praia Grande
Praia Grande intensifica a fiscalização em pontos estratégicos como ferros velhos e locais que tenham possíveis acúmulos de descartes de materiais.
Cubatão
O Serviço de Controle de Zoonoses de Cubatão realiza fiscalizações para combater a proliferação do mosquito nas residências. A cidade é a que menos apresenta aumento nos casos de dengue na região.
Mongaguá
A prefeitura de Mongaguá realiza ações de conscientização em combate à dengue, com visitas aos domicílios e ações de nebulização.
Sem respostas
As prefeituras de Praia Grande, Cubatão e Mongaguá foram questionadas sobre as vistorias de combate à doença e o número de criadouros encontrados nas residências, mas não enviaram respostas para essas perguntas.
Peruíbe foi a única cidade a não responder nenhum dos questionamentos.
Com informações do G1