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Os moradores de Guarujá sofreram muito nos últimos dias com falta de água. Um situação grave diante da pandemia do coronavírus, que exige cuidados extremos com a higienização e limpeza de objetos e ambientes.

A Prefeitura recusou o plano de emergência de escassez de recursos hídricos elaborado pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp). A decisão foi tomada na sexta-feira, em reunião do Grupo de Trabalho encarregado de fiscalizar o contrato do Município com a empresa. O grupo considerou o material pouco didático ao entendimento e execução por parte da população, sendo, portanto, ineficaz para o que se propõe.

Em razão disso, o grupo formulou um novo pedido, com o intuito de receber algo prático e efetivo por parte da estatal. Também foi solicitado um cronograma de obras emergenciais para os reservatórios da Cidade. Isso porque a Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo (Arsesp) já apontou deficiências e falhas no sistema da Sabesp em Guarujá.

A medida se deve aos constantes episódios de falta d’água em diversos bairros da Cidade, um problema antigo para o qual a Sabesp não consegue solucionar. Essa é uma das ações que a Administração Municipal decidiu intensificar, de maneira coordenada, a fim de definir um diagnóstico prático deste crônico problema e exigir soluções para extingui-lo definitivamente.

O Grupo de Trabalho, que conta profissionais multidisciplinares, está a cargo do titular da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Sidnei Aranha. A equipe também se reunirá com o Procon Guarujá e Fundação Procon-SP para avaliar as atitudes cabíveis contra a empresa, sob a ótica do Código de Defesa do Consumidor. Além disso, o Ministério Público também será acionado e, se necessário, o Município levará as questões ao Judiciário.

Para a Prefeitura, faltam obras estruturais capazes de reforçar o sistema de distribuição da água. E para realizar essas intervenções, a Sabesp recebeu segurança jurídica do Município, com a contratualização do serviço, em maio de 2019, além de condições de trabalho e apoio das áreas técnicas da Prefeitura, apontando os locais épocas em que o desabastecimento acontece de forma mais severa.