Após as medidas de distanciamento social adotadas pelo Governo do Estado de São Paulo, a taxa de contágio pelo novo coronavírus caiu de quase seis pessoas para menos de duas. Isso significa que uma pessoa infectada transmitia o vírus para outras seis. No dia 20 de marco, esse número caiu para uma a cada três. No dia 25 já era de uma para cada duas, e a curva de transmissão é descendente. Os dados são do grupo de estudo epidemiológico do Instituto Butantan juntamente ao Centro de Contingência do Coronavírus paulista.
Também houve redução expressiva de internações por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) depois de 16 de março, na região metropolitana de São Paulo.
O estudo mostra que o Brasil teve 103,7% mais crescimento em casos de coronavírus do que o Estado de São Paulo, após as medidas de restrições anunciadas pelo governo paulista.
A redução do contágio chegou a cerca de 50% no período na região metropolitana, conforme o instituto.
Em 16 de março eram 152 casos confirmados do novo coronavírus no Estado, chegando a 862 no dia 25. O crescimento foi de 467,1% no período.
Já no Brasil como um todo a curva de crescimento é maior. De 234 casos de coronavírus em 16 de março, o país registrava em 25 de março 2.433 infecções, o que representa aumento de 939,7%, mais que o dobro do registrado em São Paulo.
Desde 16 de março o Governo do Estado de São Paulo vem anunciando medidas restritivas à circulação de pessoas, com o objetivo de incentivar o isolamento social e, assim, conter a disseminação da transmissão do novo coronavírus.
Entre as medidas já anunciadas estão a proibição do funcionamento de academias e shopping centers, a determinação para que bares e restaurantes só funcionem mediante delivery ou entrega de produtos para viagem e outras. Parque estaduais também foram fechados para visitação ao público. O Estado de São Paulo está em quarentena até 7 de abril, pelo menos.
Também já foram anunciados a suspensão de aulas nas universidades e nas escolas de primeiro e segundo graus, bem como dos serviços públicos não essenciais, além de cinemas, teatros e outros.