A partir desta informação, foram divididos em três grupos: os 20% que dormiam mais cedo, os 20% que dormiam mais tarde e os 60% de horário intermediário.
Os resultados foram avaliados conforme o estilo de vida dos participantes: frequência de atividade física, qualidade da dieta, ingestão de álcool, tabagismo e duração do sono.
Mesmo em grupos de estilo de vida semelhante, como as pessoas que se exercitavam com regularidade e comiam segundo as recomendações nutricionais, os participantes do grupo que ia dormir mais tarde tiveram um risco de desenvolvimento de diabetes 46% maior do que os de horário intermediário e cedo.
“Nossa pesquisa sugere que não é só o estilo de vida que explica o risco à saúde dos hábitos noturnos. Uma explicação provável é que o relógio biológico em pessoas de cronotipos tardios está fora de sincronia com os horários de trabalho e sociais seguidos pela sociedade. Isso pode levar a um desalinhamento de horários, como o de refeições, por exemplo. A longo prazo, esse desvio pode levar a distúrbios metabólicos, como a tendência de acumular gordura no fígado e, finalmente, ao diabetes tipo 2”, relatou Jeroen van der Velde, pesquisador e chefe do estudo, em comunicado à imprensa.
Índice de Massa Corporal
Os resultados mostraram, ainda, que os voluntários de hábitos noturnos tinham em média um Índice de Massa Corporal (IMC) 0,7 ponto maior, além de uma circunferência da cintura 1,9cm maior e cerca de 14% a mais de gordura no fígado, em comparação com os que têm um cronotipo intermediário.
“Recomendo que as pessoas com hábitos noturnos pelo menos tentem evitar comer tarde da noite e busquem adequar seus horários aos hábitos sociais, para evitar o risco de diabetes e de outros problemas relacionados”, acrescentou o pesquisador.