A notícia gerou mal-estar e protestos nas redes sociais. Na noite de domingo, na página do Facebook, da Portuguesa Santista, um comunicado avisava que, a partir do dia 1o de abril, quarta-feira, a sede do clube estaria aberta para sócios, funcionários e prestadores de serviço.
O post revoltou os internautas que não perdoaram o aviso, assinado pela diretoria executiva da Briosa. Dentre as reclamações, alguns destacavam que a Portuguesa Santista tem sócios e torcedores, na sua grande maioria, acima de 60 anos, ou seja, dentro do grupo de risco do coronavírus. Diante das reclamações, a postagem foi apagada pelo clube.
A reportagem do Folha Santista procurou o clube para saber de quem foi a ideia e para saber dos riscos que essa ação poderia provocar aos usuários das dependências de Ulrico Mursa. A Briosa, por meio de sua assessoria de imprensa, disse que a notícia foi equivocada e que não haverá funcionamento na sede rubro-verde.
“Vamos apenas abrir o estacionamento para dar suporte a quem quiser ir aos hospitais que ficam perto. O clube permanece fechado”, informou a assessoria, sem dizer de quem partiu a ideia publicada no Facebook.
A Prefeitura de Santos afirmou que o clube não pode abrir sua sede em razão do Estado de Emergência/Calamidade decretado pelo prefeito da Cidade. Caso insista e for flagrado, o clube será obrigado a fechar suas portas.
A ação, a cargo da Secretaria de Finanças, segue o Decreto 8.898, de 20 de março de 2020, que declara estado de calamidade pública no Município:
Fechamento total dos estabelecimentos comerciais, incluindo marinas, clubes, lojas de conveniência de postos de combustíveis, mantendo aberto apenas supermercados, feiras livres, venda de gás, postos de combustível, farmácias e estabelecimentos do ramo alimentício (estes devem manter as portas fechadas e funcionar apenas para delivery).
A força-tarefa, que tem apoio da Guarda Civil Municipal (GCM), visa fazer cumprir o que está determinado. Se algum estabelecimento comercial em questão for encontrado em funcionamento, será emitida intimação para fechamento imediato e, no caso de resistência, poderá ser usada a força policial. Mesmo procedimento será adotado para os ambulantes que atuam nas praias da cidade, ou seja, poderão ter seus carrinhos recolhidos e, no caso de resistência, poderá ser usada a força policial.
Nota oficial
Nesta segunda-feira, às 16 horas, a Portuguesa Santista divulgou a seguinte nota no Facebook:
“A Associação Atlética Portuguesa, através da sua presidência, atendendo o apelo de seus associados e para o bem comum, determina a abertura de sua área de estacionamento para todos os profissionais da saúde e associados, que nesse momento, buscam atendimento nos hospitais vizinhos a nossa instituição. Bem como para os sócios “empresa” (caminhoneiros).
A secretaria estará funcionando com quadro reduzido, em horário comercial, para que se possa fazer o recebimento das mensalidades a fim de que nossa instituição não entre em colapso financeiro.
Deverão permanecer fechadas as áreas de lazer e todas as atividades esportivas (amador e profissional), por mais 07(sete) dias, quando faremos nova avaliação do quadro que nos encontramos.
Certo que sairemos mais fortes dessa lamentável situação”.
Atualizada às 16h31 deste dia 30/03