Alvo de preocupação por parte da Organização Mundial da Saúde (OMS), a Mpox chegou à Baixada Santista. As cidades de Santos, São Vicente, Praia Grande e Peruíbe têm casos confirmados.
O estado de São Paulo confirmou casos em três cidades da região, um foi ratificado, nesta terça-feira (20), pela prefeitura de Santos. Como o registro foi feito no final da tarde, ainda não foi contabilizado nas estatísticas do governo paulista.
O caso de Praia Grande já havia sido confirmado em julho e o paciente se recuperou, sem precisar de internação.
A prefeitura de Peruíbe divulgou uma nota para informar que o paciente infectado identificado com o endereço da cidade não é morador do município.
“De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, neste ano, foi notificado um caso positivo com endereço de Peruíbe, atendido do Hospital das Clínicas de São Paulo. Mas, durante a investigação, o setor descobriu que o paciente não mora na cidade”, diz a nota.
Emergência global
A OMS declarou, no dia 14 de agosto, a Mpox, doença conhecida como a “varíola dos macacos”, uma emergência de saúde pública global. Este é o primeiro decreto de emergência mundial após a pandemia de Covid-19.
Atualmente, uma nova variante do vírus vem se propagando em alta velocidade e causando um surto em países da África. O Centro Africano de Controle e Prevenção de Doenças (CDC África) já havia declarado uma “emergência de saúde pública” no continente. Entre os países atingidos, a República Democrática do Congo (RDC) chegou a registrar 14 mil casos, incluindo 450 mortes.
O que é Mpox
Popularmente conhecida como “varíola dos macacos”, a doença mudou de nome em 2022 após decisão da OMS para esclarecer sobre a forma de transmissão da mpox. Naquele mesmo ano, a Sociedade Brasileira de Primatologia (SBPr) publicou um informativo em que reforçava que a doença não tem a participação de macacos na transmissão para seres humanos.
A Mpox é uma doença viral transmitida pelo vírus monkeypox, que circula tanto em humanos quanto em animais. É transmitida através do contato com secreções, feridas ou bolhas em pessoas infectadas. A transmissão também pode ocorrer pelo compartilhamento de objetos contaminados recentemente com fluidos do paciente ou materiais da lesão.
Não há tratamento específico para a doença, de acordo com o Centro de Controle de Doenças (CDC) dos Estados Unidos.