Flávio Bolsonaro, filho do presidente Jair Bolsonaro (Edilson Rodrigues/Agência Senado)

Christiano Paes Leme Botelho foi exonerado da chefia do escritório da Corregedoria da Receita Federal da 7ª Região Fiscal no último dia 3 de dezembro. Ele era um dos três servidores da Receita que apareciam em um dos relatórios de inteligência enviados ao senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) em setembro sobre servidores que supostamente teriam vazado informações contra o filho do presidente Jair Bolsonaro.

Segundo informações de Leandro Resende e Fernando Molica, da CNN Brasil, Botelho era apontado nos relatório revelados pelo jornalista Guilherme Amado na revista Época como membro de uma “estrutura de apoio” de um “grupo criminoso” que teria participado no vazamento de informações do senador.

A Época aponta que esses informes de inteligência foram produzidos pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin) sob o comando do delegado Alexandre Ramagem. Os dois documentos teriam sido enviados diretamente a Flávio por Whatsapp, que repassou para a advogada de defesa, Luciana Pires.

No relatório destacado pela CNN é possível ler que, contra Botelho e outros dois servidores, “pesam condutas incompatíveis com os cargos que ocupam, sendo protagonistas de diversas fraudes fartamente documentadas”.

O Gabinete de Segurança Institucional, chefiado pelo general Augusto Heleno, disse que a Época utiliza “falsas narrativas” sobre os relatórios e alega que eles não foram produzidos pela Abin.