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A primeira fase de obras na Ponte dos Barreiros, com as recuperações de uma longarina (vigas longitudinais ou principais) de um dos tabuleiros e três travessas (vigas transversais ou secundárias), além de 52 estacas que apresentavam maior comprometimento, deve ser concluída no início de junho.

A previsão é baseada no avanço da execução do projeto, que já está com pouco mais de 80% do serviço concluído. Nesta sexta-feira, são 43 estacas concretadas e uma longarina em fase de recuperação. Também foi iniciada a recuperação de duas de três travessas.

Na manhã de quinta, técnicos do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) visitaram a estrutura, que liga a Área Continental à Área Insular de São Vicente. Os especialistas fizeram o reconhecimento da obra, verificando a metodologia utilizada e os materiais aplicados. Também observaram as estacas recuperadas. Está previsto que, ao final da obra nesta primeira fase, o Instituto receba a documentação técnica sobre a execução do projeto.

Com os serviços adiantados em pelo menos 20 dias até aqui, este foi mais um ponto positivo para a Ponte dos Barreiros, que começou a semana de 18 a 24 de maio com 35 estacas recuperadas e concretadas e, em quatro dias, avançou para as atuais 43, além de uma longarina.

Finalizada esta etapa, será possível solicitar à Justiça a reabertura da Ponte, para a retomada do trânsito de veículos leves e ônibus.

Obra
O processo de recuperação começa com a raspagem da estaca, para remover as cracas e os materiais orgânicos. Em seguida, é feito o hidrojateamento da superfície, com o objetivo de remover o material degradado que ainda estiver grudado na estrutura.

Na sequência, são realizados os serviços de montagem de armaduras de aço, sendo a furação, ancoragem química das barras de aço com uso de resina epóxi, montagem e instalação de armadura de aço.

A próxima etapa é a montagem da forma que revestirá a armação, respeitando o cobrimento de norma (para garantir as proteções física e química para os vergalhões de aço). Então, é feita a concretagem com Graute (material de alta resistência e adequado a concretagens submersas) adicionado com inibidor anticorrosivo. Após a recuperação, todas as estacas concretadas recebem capa protetora. O processo é chamado de Cura e serve para manter a umidade do concreto, impedindo possíveis fissuras.

Para a obra emergencial na Ponte, a Terracom conta com 76 profissionais, incluindo equipe operacional, mergulhadores, setor administrativo, área técnica e condutores de embarcações.