O empresário Claudio Fernando de Aguiar, candidato a prefeito de Guarujá pelo Partido Novo, é um dos investigados pela megaoperação do Ministério Público de São Paulo (MP-SP), que cumpriu mandados de busca e apreensão na Baixada Santista e na capital paulista.
As autoridades apuram possíveis fraudes em licitações ligadas à Câmara Municipal e à Prefeitura de Guarujá. Três vereadores também são alvos da Operação Hereditas.
Claudio Fernando de Aguiar, de 44 anos, nasceu em Guarujá e é casado. O candidato a prefeito é formado em administração e especialista em economia e relações internacionais, além de professor do curso de Ciências Econômicas em uma universidade privada e é CEO do Sistema ISTV e ISFM de Comunicação. As informações são do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
O empresário tenta assumir um cargo público pela terceira vez. Ainda conforme o TSE, ele foi candidato a governador de São Paulo pelo Partido da Mobilização Nacional (PMN). Em 2022, ele se candidatou a deputado estadual pelo Partido Liberal (PL) e foi eleito suplente.
O que a operação investiga
A operação do MP-SP investiga agentes públicos suspeitos de envolvimento em fraudes em licitações. O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) informou que, ao todo, são 26 mandados de busca e apreensão cumpridos, sendo um deles em São Paulo, dois em Santos, dois em São Vicente, um em Cubatão, um em Praia Grande e 19 em Guarujá.
O Gaeco destacou, ainda, que foi possível detectar “indícios de fraudes em procedimentos licitatórios relacionados à Câmara Municipal e à prefeitura de Guarujá, além de possível favorecimento de agentes públicos com o recebimento de propinas para viabilizar as fraudes”.
Uma das empresas beneficiadas com as fraudes, conforme o Gaeco, pertencia a um líder da organização criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), que foi assassinado a tiros em março de 2024.
A operação recebe apoio das polícias Civil e Militar. O Gaeco ressaltou que participaram da ação 15 integrantes do Ministério Público, 76 policiais militares do Comando de Policiamento de Choque (Rota, COE E Gate) e 50 policiais Civis da Delegacia Seccional de Praia Grande e do Departamento de Operações Policiais Estratégicas (Dope), de acordo com informações de A Tribuna.
O que diz o Partido Novo
O Partido divulgou uma nota em que afirmou a legitimidade da investigação, porém, ressaltou que “ser investigado não significa ser culpado”.
“A perseguição política, por sua vez, é inaceitável. Em períodos eleitorais, é evidente que investigações com motivações questionáveis podem ter o propósito de prejudicar a imagem de candidatos. Independentemente de quem seja, qualquer crime deve ser punido conforme a lei. Entretanto, uma vez que a reputação de uma pessoa inocente é manchada, torna-se extremamente difícil restaurar plenamente sua imagem perante a sociedade”, acrescentou o partido.