O jornalista Fabio Pannunzio publicou nesta segunda-feira (4) em seu Twitter uma sequência em que afirma que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) posou para uma foto com um homem acusado pela Polícia Civil de lavar dinheiro para o PCC (Primeiro Comando da Capital).
“Pode um Presidente da República fazer ‘selfie’ com alguém acusado de chefiar o crime organizado?”, pergunta Pannunzio no início do comentário. “Esse cara ao lado do Bolsonaro, segundo a Polícia Civil de São Paulo, é quem lava o dinheiro do PCC na Baixada Santista. Chama-se Fredy Restrito.”
A imagem é uma reprodução de uma postagem do próprio Fredy. É uma foto tirada no dia da partida beneficente Natal Sem Fome, realizada no dia 28 de dezembro na Vila Belmiro, em que Bolsonaro vestiu a camisa 10 do time branco e marcou um gol. Fredy usa uma camisa azul. E escreveu na publicação: “Hj teve gol dos 2 camisa 10 na vila mais famosa do mundo !!!! Respeita os goleadores kkk”. Na sequência, ele marca o perfil de Bolsonaro na rede.
Contexto
Pannunzio contextualizou que a foto foi tirada no dia da partida e que Restrito tinha jogado a preliminar.
O jornalista ainda publicou um trecho de um relatório de investigação da Polícia Civil de SP que nomina as atividades de Fredy Restrito. “E não importa se ele é culpado ou inocente. Importa que um Presidente jamais poderia ser fotografado, nem estar ao lado de um homem com essa capivara”, escreveu o Pannunzio.
Ele termina a publicação dizendo: “Falei com todo mundo. O Presidente do Santos diz que o evento é de responsabilidade do Narciso, que há 17 anos o promove. O assessor do Narciso diz que a escalação foi delegada a um empresário chamado Rodrigo Jaka. E Jaka, com quem não falei, seria ex-sócio do tal Fredy”.
No perfil de Rodrigo Jaka no Instagram, há uma publicação com uma foto do time de azul. “Natal sem Fome 2020”, escreveu ele. No post, diversas pessoas agradecem a ele pelo “convite”.
Entre os comentários, há um de Fredy reclamando e marcando o perfil de outra pessoa: “@leoamaraloficial, cortaram nós da foto”. O interlocutor responde: “É sempre assim”.
