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O Brasil está passando por um evento climático anormal nesta semana, com previsões de temperaturas extremamente elevadas, desafiando o padrão do inverno. Esse fenômeno é atribuído à formação de uma “cúpula de calor”.

O que é a cúpula de calor 

A cúpula de calor é um fenômeno meteorológico que se desenvolve sob uma área de alta pressão atmosférica, conhecida como anticiclone, que mantém o ar em uma região virtualmente estagnada. Essa alta pressão age como uma tampa, comprimindo o ar quente que tenta subir, resultando em uma liberação adicional de calor. Além disso, devido à falta de trocas com o ar circundante, a cúpula de calor tende a não formar nuvens, intensificando ainda mais o calor.

De acordo com a MetSul, a cúpula de calor no Brasil se concentrará principalmente sobre a região do Centro-Oeste. A influência desse fenômeno pode persistir por vários dias, ou até mesmo semanas, com sérias implicações para o clima e o bem-estar da população.

As regiões mais afetadas por essa onda de calor serão aquelas mais próximas ao epicentro do fenômeno. Estados como Mato Grosso e Mato Grosso do Sul deverão experimentar temperaturas acima dos 40°C. No entanto, os municípios situados na região do Pantanal, já conhecidos por seu clima quente, devem enfrentar condições ainda mais extremas, com termômetros registrando entre 43°C e 45°C.

Entre as capitais, Cuiabá, a capital de Mato Grosso, está prevista para ser a mais afetada durante este período, de acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).

Quanto de calor o corpo humano aguenta? 


Além dos desafios significativos apresentados pela cúpula de calor, é fundamental compreender até que ponto o corpo humano pode resistir às altas temperaturas.

O calor excessivo representa uma ameaça à saúde humana, pois nosso organismo tem limitações quando se trata de lidar com temperaturas extremamente elevadas. O corpo humano é adaptado para manter uma temperatura interna constante em torno de 37°C, e quando exposto a condições de calor intenso, enfrenta desafios para dissipar o excesso de calor.

Quando a temperatura ambiente ultrapassa a capacidade de resfriamento do corpo, os mecanismos naturais, como a transpiração, podem não ser suficientes. Isso pode levar a riscos de desidratação, insolação e até mesmo a falhas nos órgãos, especialmente em pessoas vulneráveis, como idosos e crianças, que são mais suscetíveis aos efeitos adversos do calor extremo. Portanto, é essencial que a população esteja ciente de seus próprios limites de resistência ao calor e tome medidas adequadas para se proteger durante esse período crítico, como a ingestão regular de água, o uso de roupas leves e a busca de abrigo em locais mais frescos.

As autoridades meteorológicas e de saúde alertam para os riscos significativos associados a essa onda de calor, incluindo desidratação, insolação e problemas de saúde agravados pelo calor intenso. É crucial que a população adote medidas rigorosas de precaução, como se manter hidratada, evitar exposição prolongada ao sol, especialmente nos horários mais quentes, e seguir as orientações das autoridades locais.

A situação atual exige uma atenção constante por parte das autoridades e da comunidade, à medida que medidas adicionais de mitigação e respostas de emergência podem ser necessárias para enfrentar esse evento climático anômalo. A segurança e o bem-estar da população devem ser prioridades durante esse período desafiador.