Porto de Santos - Foto: Codesp/Divulgação

Da Revista Fórum

Apontado em investigações como principal causador da explosão de que devastou Beirute, capital do Líbano, na terça-feira, o nitrato de amônio tem ampla circulação no Porto de Santos, o principal importador da substância no Brasil.

Segundo informações da CNN Brasil, foram 161 mil toneladas da substância que chegaram no porto entre janeiro e julho de 2020.

Autoridades portuárias afirmam que o nitrato de amônio armazenado no local é de classe cinco, de uso agrícola. A substância fica sob rígido controle. Além das cerca de 137 mortes provocadas no Líbano e dos 5 mil feridos, a substância já provocou tragédias na França (2001 e 1947), na China (1998) e nos EUA (1947).

Em nota enviada à Folha Santista, a Autoridade Portuária de Santos (SPA) garantiu garantiu que todas as medidas de segurança são atendidas.

“A movimentação ocorre no Terminal Marítimo do Guarujá (Termag), localizado na margem esquerda do Porto (Guarujá). O produto armazenado nesse terminal é o nitrato de amônio Classe 5 (oxidante), destinado ao uso agrícola, com o monitoramento rigoroso da temperatura e umidade, rotatividade dos volumes armazenados e misturado a calcário, para dar maior estabilidade ao produto. Não é estocado por longos períodos, sendo basicamente uma operação de transbordo direto dos navios para caminhões”, disse, em nota, a SPA.

“O que se sabe até o momento sobre o acidente no Porto de Beirute é que as cargas estariam armazenadas sem o atendimento de normas de segurança, não havendo qualquer informação sobre o que de fato ocasionou o acidente em questão. No Porto de Santos, a SPA ressalta que a segurança é prioridade, assim, todos os procedimentos operacionais são seguidos criteriosamente pelos responsáveis pelas operações e acompanhados por intensiva fiscalização, propiciando total segurança à população”, completou a autoridade portuária.