O bilionário Clive Palmer tem um sonho: reviver o Titanic. Parece bizarro, ainda mais ao som da tragédia do OceanGate que parou o mundo no ano passado, mas ela está em execução. E a ideia é colocar no mar uma réplica do navio mais famoso do mundo para velejar os continentes ainda em 2027.
Tudo começou em abril de 2012, o bilionário australiano – dono de uma fortuna de US$ 4 bilhões – anunciou um projeto ambicioso: construir uma réplica moderna do lendário RMS Titanic, batizada de Titanic 2.
O objetivo era recriar fielmente o navio original, tanto em aparência interna quanto externa, incluindo a icônica grande escadaria, um teatro, cassino e áreas de jantar para diferentes classes de passageiros.
O Titanic 2 terá 269,15 metros de comprimento, 32,2 metros de largura e 53,35 metros de altura. Com uma tonelagem bruta de 56.000 GT, o navio acomodará 2.345 passageiros em 835 cabines distribuídas por 9 conveses.
O projeto visava uma experiência autêntica, permitindo aos passageiros reviverem o glamour da era do Titanic.
O Titanic 2, inicialmente programado para zarpar em 2016, enfrentou uma série de atrasos devido a disputas financeiras que estagnaram o progresso em 2015.
Em 2018, o projeto foi revitalizado com uma nova data de lançamento prevista para 2022. Mas veio a pandemia e a história acabou morrendo.
Em março deste ano, Palmer reacendeu as esperanças do público ao reanunciar o projeto Titanic II em uma coletiva na Sydney Opera House.
Demonstrando confiança renovada, Palmer afirmou que a construção começará em 2025, com a viagem inaugural planejada para junho de 2027, seguindo a rota original do Titanic de Southampton, no Reino Unido, para Nova York.
O custo estimado do projeto varia entre U$ 500 milhões e U$ 1 bilhão, com Palmer destacando os recursos financeiros aumentados como fator crucial para a retomada.
Padrões modernos de segurança
O design do Titanic 2 promete incorporar padrões modernos de segurança e tecnologia de navegação – afinal, acho que ninguém quer viver a tragédia do Titanic original -, mas promete não comprometer a autenticidade histórica do navio original.
Se o novo barco vai zarpar mesmo depois de dez anos de adiamentos e prorrogações é difícil dizer. Mas depois da tragédia da OceanGate, fica difícil dizer que a ideia é necessariamente popular no mundo.