O Partido Socialista, do primeiro-ministro António Costa, venceu as eleições legislativas deste domingo (30) em Portugal e conquistou a maioria absoluta do Parlamento. O pleito foi convocado pelo presidente Marcelo Rebelo de Castro após a crise na aliança do PS com o Bloco de Esquerda e o Partido Comunista, a chamada “geringonça”.
Ainda com a apuração em andamento, o PS conquistou maioria a maioria absoluta do Parlamento, com 117 das 230 cadeira. Com isso, seria possível formar um gabinete sem a necessidade de uma coalizão.
Com 99% das urnas apuradas, o PS conseguiu 41.68% dos votos totais do país e se consolidou como a principal força política de Portugal. Em segundo ficou o PSD, de centro-direita, com 27,8%. O partido de extrema-direita Chega conseguiu 7,15% do eleitorado e ficou em terceiro.
Logo atrás aparecem o Iniciativa Liberal (IL), com 5%, o Bloco de Esquerda (BE), com 4,5%, e a Coligação Democrática Unitária – Partido Comunista de Portugal e Partido Verde – (CDU), com 4,4%. Os demais partidos tiveram menos de 2%.
Com a vitória arrebatadora, o PS venceu em todos os estados pela primeira vez na história – com exceção da Ilha da Madeira. “O povo votou e o PS ganhou. Portugal deu um voto de confiança ao Partido Socialista para promover os consensos necessários na Assembleia da República nos próximos 4 anos. Uma maioria absoluta não é um governo absoluto, não é governar sozinho”, disse o partido no Twitter.
Das 226 cadeiras já definidas, 117 foram para os socialistas e 71 para o PSD. O Chega surpreendeu e conquistou 12 cadeiras. IL ficou com 8, CDU, com 6, BE, com 5, Livre, com 1, PAN, com 1. As coalizões PSD/CDS e PSD/CDS/PPM garantiram 3 e 2, respectivamente.
António Costa seguirá como primeiro-ministro
Diante do cenário favorável, o premiê António Costa disse que “um dos grandes desafios que terei nesta legislatura é reconciliar os portugueses com a ideia das maiorias absolutas”. Essa será a segunda vez na história que o Partido Socialista governará com maioria absoluta. A primeira foi com José Sócrates, em 2005.
“Os portugueses mostraram um cartão vermelho a qualquer crise política. Manifestaram o seu desejo de, nos próximos anos, contarem com estabilidade, certeza e segurança – um rumo certo para o nosso país”, declarou, em referência à quebra da coalizão “geringonça” promovida por CDU e BE. Os partidos romperam com o PS por não concordarem com a proposta de Orçamento de 2022.