Desta forma, na sexta (21), a lua vai nascer no ponto mais a nordeste do horizonte e irá se pôr na posição mais a noroeste. Com isso, permanecerá por mais tempo no céu.
O ângulo em que a lua é vista é alterado a partir da latitude de observação. Além disso, a paralisação lunar não é um evento de somente uma noite. Portanto, poderá ser observado em outros dias até o ano que vem.
A trajetória da lua apresenta uma inclinação diferente em relação ao restante do sistema solar, onde os planetas, planetas-anões e asteroides orbitam em um plano chamado de eclíptica.
O planeta Terra gira em torno de um eixo inclinado a 23,4 graus em relação a esse plano, o que assegura à lua inclinação de apenas 5,1 graus em relação à eclíptica.
Isto faz com que os pontos de nascer e se pôr do satélite variem em 57 graus ao longo do ano. No momento em que a inclinação de ambos os corpos celestes alcança o máximo, a grande paralisação lunar acontece, e a lua alcança seus pontos mais extremos ao norte e ao sul do horizonte.
Onde o fenômeno pode ser observado
Contudo, o fenômeno será visível apenas no Hemisfério Norte, o que também vai variar conforme a localização e as condições do céu no momento. Assim, não será possível observá-lo do Brasil.
Um dos lugares mais favoráveis para assistir será em Stonehenge, na Inglaterra. O local é uma estrutura composta, formada por círculos de pedras, que chegam a ter cinco metros de altura e pesar quase 50 toneladas. Localiza-se no condado de Wiltshire.
Milhares de turistas são aguardados no local para o solstício de verão e a sobreposição do lunistício, incluindo cientistas que investigam a ligação de Stonehenge com a grande paralisação lunar.
Pesquisadores estudam a hipótese de que as pessoas que construíram o monumento tinham conhecimento da grande paralisação lunar. Por isso, a lua se alinharia à estrutura de pedra quando o fenômeno fosse registrado.