Por Plinio Teodoro, da Revista Fórum
O mundo amanheceu, nesta sexta-feira (6), com os olhos voltados para o estado da Geórgia, onde pode ser definida, nas próximas horas, as eleições nos Estados Unidos. Nas primeiras horas do dia, Joe Biden passou a liderar no estado, com 917 votos de vantagem sobre Donald Trump, após 99% das urnas apuradas. No momento, Biden tem 49,39% contra 49,38% do atual presidente.
Dos quatro condados que ainda não terminaram a apuração na Geórgia, apenas um prosseguiu com a contagem dos votos durante a madrugada. Os outros três retomam o processo na manhã desta sexta.
Segundo o Washington Post, agentes do FBI estão sendo enviados a Wilmington, em Delaware, para reforçar a segurança de Joe Biden, depois que o democrata reservou o Centro de Convenções da cidade para um grande evento nesta sexta.
O local deve ser palco do discurso da vitória, caso Biden vença na Geórgia e conquiste os 16 delegados do estado. Dessa forma, segundo projeções da AP, o democrata somaria 280 delegados, dez a mais do que os 270 necessários para ser eleito.
Na noite desta quarta-feira (4), a FAA (sigla em inglês da Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos) impôs uma restrição temporária de voo sobre a área onde está localizada a casa de Joe Biden, em mais uma sinalização que o resultado das eleições está prestes a ser anunciado.
Na Pensilvânia, outro estado decisivo, a vantagem de Trump também vem caindo e está em pouco mais de 18 mil votos na manhã desta sexta. Com 97% da apuração projetada, o atual presidente tem 3.285.965 votos, contra 3.267.923 de Joe Biden. A diferença no momento é de 0,27 ponto percentual (49,56% a 49,29%).
Trump
Após ter o pronunciamento interrompido por redes de TVs ao anunciar fraudes eleitorais, Donald Trump se irritou com o bloqueio de suas publicações no Twitter na manhã desta sexta.
“Twitter está fora do controle”, tuitou o presidente dos EUA após ter diversas publicações bloqueadas – entre elas, trechos de seu pronunciamento.
Às 4h22 (horário de Brasília), Trump tuitou que “ganha facilmente a presidência dos EUA com votos emitidos nas urnas, contestando novamente o sistema eleitoral dos EUA, que permite a votação pelos Correios, e reafirmou que irá à Suprema Corte contestar os resultados.
