Por Revista Fórum
O ativista Martin Luther King III, último filho vivo de Martin Luther King Jr., que lutou pelos direitos civis da população negra dos EUA em meados do século 20, foi um dos primeiros a comparecer no início do funeral de George Floyd, em Minneapolis, nos EUA, principal fato do 10º dia de protestos antirracistas nos Estados Unidos.
“Prestando nossos respeitos ao falecido George Floyd em Minnesota. Ele nunca será esquecido. Descanse no poder”, tuitou King III nesta quinta-feira (4), com uma foto no funeral.
O ativista voltou às redes durante a madrugada para denunciar um vídeo que mostra a violência da polícia de Nova Iorque contra um homem de 75 anos na repressão aos atos.
“Isso é horrível. Isso não é americano. Isso vai contra tudo o que defendemos. Está além de desumano e devemos acabar com isso agora. Este cavalheiro tem 75 anos”, tuitou, compartilhando o vídeo.
Atos
Com atos quase sempre pacíficos na noite anterior, a maioria das prefeituras retirou o toque de recolher e milhares de manifestantes voltaram às ruas nas principais cidades dos Estados Unidos, na noite desta quinta-feira.
Prefeitos de cidades que tiveram grandes manifestações com milhares de pessoas, Bill de Blasio, em Nova Iorque, e Keisha Lance Bottoms, em Atlanta, pediram que aqueles que estiveram nos atos dos últimos dias procurem locais para fazer testes de coronavírus, já que as aglomerações podem ter contribuído para a disseminação do vírus
Três dos ex-policiais acusados de participação na morte de Floyd compareceram a um tribunal pela primeira vez desde o início do caso. O juiz arbitrou fiança de US$ 1 milhão a eles.
Pelas redes sociais, o vice-presidente dos EUA, Mike Pence, ofereceu condolências à família e aos amigos de Floyd. “Sua morte foi uma tragédia e, como o presidente Donald Trump disse à nação, justiça será feita”, escreveu.
O artista Kanye West anunciou que vai arcar com os estudos da filha de Floyd e que vai doar US$ 2 milhões a famílias de vítimas de violência policial nos EUA. Ele também participou de uma manifesyação em Chicago.
Grupos de direitos civis processaram Trump pela repressão a manifestantes perto da Casa Branca, momentos antes de o presidente se deslocar a uma igreja, o que gerou críticas de religiosos.